A cidade de Portalegre acolheu esta segunda-feira, as Comemorações do dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que contou com a presença do Presidente da República de Portugal, o Presidente da República de Cabo Verde, e de várias governantes, autarcas e representantes de entidades nacionais.
No seu discurso, Marcelo Rebelo de Sousa; Presidente da República Portuguesa, afirmou que “não podemos nem devemos omitir ou apagar os nossos fracassos”, devendo este ser recordados sem “complexos”, porque “todo ele foi Portugal”.
“Que o futuro seja muito mais humano do que o passado que honramos e o presente que construímos”
O Chefe de Estado declarou que “somos muito mais do que fragilidades ou erros”, mas que também a eles devemos a nossa história.
Portugal, aponta, surge como uma das “comunidades mais inclusivas e coesas apesar das suas desigualdades”, “uma pátria irmã de muitas pátrias” e “que acredita na Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa, não só a nível de solidariedade social, de economia, mas sobretudo de pessoas”.
Adelaide Teixeira, presidente da Câmara Municipal de Portalegre, em curtas declarações emocionadas a esta estação emissora afirma sentir “um conjunto de emoções muito grandes” por “passados 41 anos” ver as comemorações do 10 de junho a terem lugar na cidade que lidera. A autarca deseja que “o 10 de junho não seja um fim em si mesmo, mas que continue para todos nós”.
Fernando Negrão, líder parlamentar do PSD, questionado sobre as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, afirma ver “essas palavras como um discurso de mobilização dos portugueses, chamá-los à vida de cidadão e política, à construção de Portugal”.
Fernando Negrão defende que os “políticos têm responsabilidades que não devem exercer com tanta limitação, e devem ser mais ousados na defesa do país e dos portugueses”, e que devem ser cridas políticas para o interior com vista a diminuir assimetrias com o litoral.
A presença do Presidente da República em Portalegre “bastou para dar esse sinal de preocupação com o interior”.
Carlos César, presidente do PS, aponta à RC a necessidade de “reconciliar as pessoas com a política”.
Apontando a nobreza da política, defende que “é preciso ter consciência que por vezes os políticos assumem compromissos que por circunstâncias extraordinárias ficam impedidos de fazer”, e que precisam depois saber explicar à população.
Sobre a elevada abstenção nas eleições europeias, e questionado se considera que em Portugal chegará a haver voto obrigatório, o político afirma que apesar de ser a ideia que sempre defendeu “não é essa a corrente maioritária” no nosso país.
Comendador Rui Nabeiro, afirma que “sem dúvida nenhuma é para os portalegrenses e todos os alentejanos um dia feliz”, e um sinal de que “não estamos esquecidos”.
Afirma ainda que no Alentejo há “presença da luta, e do trabalho” e que “daqui há muita coisa para sair”.
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