Um artigo recentemente publicado no “The New York Times” dá destaque ao Porto de Sines, afirmando que Portugal “pode ser a resposta para uma Europa cativa do gás russo”.
Segundo o artigo, “juntos, Espanha e Portugal representam um terço da capacidade da Europa de processar gás natural liquefeito (GNL). Espanha tem o maior número de terminais e o maior, embora Portugal tenha o mais estrategicamente localizado”.
Em relação ao terminal em Sines, o artigo avança que este “é o mais próximo de qualquer um da Europa dos Estados Unidos e do Canal do Panamá”, tendo sido “o primeiro porto na Europa a receber GNL dos Estados Unidos, em 2016”.
Além disso, “antes da guerra na Ucrânia, Washington identificou [Sines] como um portal estrategicamente importante para as importações de energia para o resto da Europa”.
A jornalista adianta ainda que Portugal e Espanha, “há muito afastados da rede do continente, construíram um sistema baseado em importações e alternativas como o solar que é a inveja das Nações da União Europeia”.
Referindo que “Portugal não possui minas de carvão, poços de petróleo ou campos de gás”, o jornal não deixa de apelidar o país de “ilha de energia”, afirmando que ganhou esse estatuto devido à sua “longa desconexão da rede energética do resto da Europa”.
“No entanto, com a Rússia a reter gás natural de países que se opõem à sua invasão da Ucrânia, a minúscula nação costeira de Portugal está subitamente preparada para desempenhar um papel crítico na gestão da crise energética que se avizinha na Europa”, destaca o jornal internacional.