Num estudo recente, Portugal é apontado como um dos países menos eurocépticos da União Europeia (UE), uma tendência que destoa em grande parte das nações do bloco. Contudo, a região do Alentejo apresenta uma realidade contrária, posicionando-se como uma exceção neste contexto.
Nas últimas eleições legislativas de 2022, a análise das votações nas regiões NUTS 3 revelou: que apenas no Alentejo, pelo menos 25% dos eleitores escolheram um partido eurocéptico, com a maioria desses votos a favorecer a Coligação Democrática Unitária (CDU), conhecida pelas suas posições críticas em relação à UE.
Este fenómeno é interessante, visto Portugal, apesar de contar com várias áreas predominantemente rurais, tem demonstrado um apoio consistente ao projeto europeu. A situação no Alentejo, contudo, sugere que o voto em partidos eurocépticos tende a ser mais comum em zonas rurais, uma tendência que, segundo o estudo, pode “ganhar maior atenção e apoio nacional” no futuro.
Este padrão de voto levanta questões importantes sobre as dinâmicas políticas e sociais nas regiões rurais de Portugal, bem como sobre a relação do país com a União Europeia. Enquanto o cenário geral português reflete um apoio robusto à União Europeia.
O estudo europeu, ao mapear o euroceticismo pelos países da UE, contribui para uma compreensão mais aprofundada das correntes políticas que moldam a Europa contemporânea, evidenciando que, mesmo entre os países geralmente favoráveis à integração europeia, existem nuances e exceções.