Até o passado dia 30 de junho, Portugal já havia registado cerca de 68 mortes por afogamento. O número é elevado comparado ao ano anterior, que entre janeiro e junho, tinha registado 46 mortes.
Segundo a Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores (FEPONS), esse número é recorde nos últimos cinco anos, e essas fatalidades tem ocorrido, sobretudo, em locais não vigiados (97,15%).
De acordo com os dados disponibilizados no relatório do Observatório do Afogamento, da FEPONS, as vítimas são, em sua maioria, homens (72,1%). Neste primeiro semestre de 2022, foi verificado que os óbitos aumentaram nas faixas etárias mais jovens, até aos 24 anos.
A maior parte dos óbitos ocorreu com pessoas que estavam a tomar banho (26,5%), entretanto 5,9% encontrava-se a passear junto à água ou a pescar (5,9%).
Nos anos anteriores, houve menos mortes por afogamento, tendo sido 64 em 2020; 44 em 2019; 53 em 2018 e 62 em 2017, de acordo com os dados do relatório.
“Num momento em que se está a registar uma enorme dificuldade na contratação de nadadores-salvadores, e num momento em que as temperaturas vão subir, estas conclusões preocupam a FEPONS, que apela à classe política uma urgente revisão da legislação deste setor”, refere a nota.
Fonte: SIC Notícias