O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, saudou hoje os campo-maiorenses pela classificação das Festas do Povo de Campo Maior como Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, destacando a importância global do empenhamento local.
Numa nota publicada no ‘site’ da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa sublinha que pela nona vez a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) reconheceu uma tradição cultural portuguesa, ou presente em Portugal.
“Depois do fado, da dieta mediterrânica, do cante alentejano, da arte chocalheira, da louça preta de Bisalhães, da falcoaria, das figuras em barro de Estremoz e do Carnaval de Podence, esta distinção vem lembrar-nos, até pela diversidade de práticas e geografias, a importância global do empenhamento local”, é referido na nota.
O chefe de Estado saúda o presidente da Câmara Municipal de Campo Maior e os responsáveis da Associação das Festas do Povo de Campo Maior e todos os campo-maiorenses “que preservaram e promoveram esta festividade centenária, mostrando-se à altura do seu lema ‘quando o povo quer’”.
A inscrição como Património Cultural Imaterial das festas comunitárias portuguesas, na vila de Campo Maior (distrito de Portalegre), na região do Alentejo, foi aprovada ao início da tarde de quarta-feira, na 16.ª reunião do Comité do Património Mundial da UNESCO, que está a decorrer em Paris (França), até sábado.
Tradição secular e realizadas pela última vez em 2015, as Festas do Povo de Campo Maior são conhecidas por apresentarem dezenas de ruas, sobretudo no centro histórico, ‘engalanadas’ com milhares de flores de papel, feitas pela população de forma voluntária.
Promovidos pela Associação das Festas do Povo de Campo Maior (AFPCM), os festejos na vila alentejana eram já reconhecidos internacionalmente pela sua originalidade e cariz popular, com os habitantes a prepararem a ornamentação das ruas durante meses a fio.
C/Lusa
Esta tradição, identitária de Campo Maior, tem vindo a ser transmitida de geração em geração, oralmente e de forma informal, com os mais velhos a ensinarem aos mais novos os ‘segredos’ da elaboração das flores que ornamentam os espaços públicos da vila.
A candidatura à UNESCO foi promovida pela Câmara, pela AFPCM e pela Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo.