As alterações climáticas têm resultado num aumento da temperatura e em períodos sem chuva, em que esta acaba por ocorrer de forma concentrada.
Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP – Confederação Portuguesa de Agricultores, afirma à RC que a adaptação da agricultura às alterações climáticas “traz uma grande ansiedade”.
Resultante destas, vamos ter “períodos mais longos sem chuva e períodos com fenómenos de temperatura completamente diferentes”. Sobre este fenómeno, o dirigente afirma que “neste momento chamamos-lhe seca porque é uma seca em relação àquilo que era antigamente o padrão normal”, contudo, é uma “nova realidade” à qual “as variedades agrícolas e a tecnologia” têm que ser adaptadas.
“A nossa preocupação é mais na perspetiva do que possa vir a ser a próxima primavera e o próximo verão”
Eduardo Oliveira e Sousa
O presidente da CAP defende ainda a necessidade de “construir mais e melhores barragens para termos capacidade de armazenamento que possa colmatar esses períodos longos sem chuva que vão passar a ser regra em vez de exceção”.
Considerando as culturas até então, “neste momento não há prejuízos”, contudo “já existe alguma apreensão, não sabemos o que vai acontecer”.
O dirigente aponta a necessidade de chover nas próximas semanas, para a chuva “não vir depois em período que pode ser para estragar”
Não sendo ainda uma situação crítica, “a nossa preocupação é mais na perspetiva do que possa vir a ser a próxima primavera e o próximo verão”, conclui.