O presidente da Câmara de Odemira manifestou-se hoje “desagradado” perante o recuo do concelho para a terceira fase do plano de desconfinamento e refutou o número de casos de covid-19 por 100 mil habitantes referido pelo Governo.
O presidente da câmara, José Alberto Guerreiro, a propósito da decisão tomada hoje em Conselho de Ministros, referiu “Os números que o concelho apresenta nesta altura, face ao que nos foi transmitido pela Unidade Local de Saúde, seriam de 235 casos por cada 100 mil habitantes. No entanto, os números da Direção-Geral da Saúde diferem e são 287 por 100 mil habitantes”.
Em declarações aos jornalistas, conforme refere a Agência Lusa, reconheceu tratar-se de “uma diferença” que “ainda ninguém” lhe “conseguiu explicar”, mas que é “significativa”, discordando dos números da DGS acrescenatndo “Abaixo dos 240 [casos de covid-19 por 100 mil habitantes] não teríamos penalização”, mas “acima dos 240 o reflexo foi este, da tomada de decisão” do Conselho de Ministros de hoje, frisou.
Por sua vez, o coordenador de Saúde Pública na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), Joaquín Toro, esclareceu à Lusa que “os números reais são os da Direção-Geral da Saúde (DGS)”.
O Autarca de Odemira já garantiu “voltar a reiterar o desejo de ver refletidos” neste balanço a 14 dias dos casos de covid-19 “os números da população que está no concelho” sublinhando “Discordamos dos números [da DGS], já hoje tomámos uma posição discordando da forma e das medidas aplicadas” e “vamos continuar a lutar contra esta situação”, argumentou.
Tal como a Rádio Campanário noticiou, e de acordo com o que foi anunciado pela ministra de Estado e da Presidência, no final da reunião do Conselho de Ministros, todo o concelho de Odemira, no distrito de Beja, vai ficar na terceira fase do plano de desconfinamento, por registar 287 casos de covid-19 por 100 mil habitantes, afirmou hoje a ministra de Estado e da Presidência, no final da reunião do Conselho de Ministros, em Lisboa.