À margem da inauguração da coleção visitável Farmácia Monte que ocorreu, hoje, em Vila Viçosa, a Rádio Campanário falou com o presidente da autarquia sobre a campanha de sensibilização da água que a Câmara se encontra a desenvolver.
Ao microfone da Rádio Campanário, Inácio Esperança explicou que da água provém de furos artesianos que, estando sob uma zonas calcárias, nunca têm uma nivelação de água certa. “A água só tem uma origem, a chuva, e não chovendo e consumindo à medida que estamos a consumir e à proporção que estamos a consumir mais tarde ou mais cedo não vai haver água nos aquíferos“, afirmou.
Nesta altura do ano, os consumos de água têm aumentado em virtude do enchimento de piscinas e da utilização da água para lavagens domésticas, no entanto, o autarca alerta que a “água não é um bem inesgotável e devemos passar isso aos municípes” através de uma campanha, inicialmente, pedagógica, mas que pode vir a traduzir-se num agravamento para os consumidores excessivos.
Se o consumo excessivo de água não se alterar no concelho, a Câmara tem de “tomar uma medida e a medida será não penalizar os consumidores normais ou os mais desfavorecidos, mas prejudicar aqueles que consomem em excesso e manter a água aos preços atuais até um determinado nível de metros cúbicos e, a partir daí, aumentar penalizando a 100, 150 ou 200% para que as pessoas percebam que não podem estragar água“, avançou o autarca.
Recorde-se que Vila Viçosa é abastecida, essencialmente, por 4 furos e “se um desses furos falhar nós temos problemas de abastecimento e é isso que nós não queremos“, garantiu Inácio Esperança.
