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Presidente da CM de Campo Maior espera mais turismo em Campo Maior com ‘selo’ da UNESCO!

O presidente da Câmara de Campo Maior (Portalegre), Luis Rosinha, manifestou-se hoje convicto de que a região vai ganhar “um potencial diferente” ao nível do turismo, caso a candidatura das Festas do Povo seja classificada pela UNESCO.

“As Festas do Povo são aquele evento que, quando é executado, gera aqui uma economia diferente na região, claramente. E, sendo Património [da UNESCO], terá as suas consequências ao nível da hotelaria e do turismo”, disse à agência Lusa o autarca.

Para o presidente deste município raiano, a candidatura das Festas do Povo a Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) tem cariz nacional, na senda dos vários ‘selos’ deste organismo internacional que Portugal tem “amealhado”.

“Eu acho que é uma candidatura do país, porque todos se reconhecerão naquilo que é mais uma candidatura aprovada de um país tão pequeno e com tantas classificações ao longo dos anos”, disse.

Caso as Festas do Povo de Campo Maior obtenham o ‘selo’ da UNESCO, Luís Rosinha considerou ainda que a distinção será um “grande reconhecimento” para a comunidade da vila alentejana.

“O povo vai-se rever muito num reconhecimento desta natureza. É o reconhecimento também à mulher campomaiorense, porque a mulher campomaiorense tem aquela arte tão forte de fazer as flores, aquele carinho, aquela simpatia que coloca em cada pétala que faz, com muito orgulho”, argumentou.

Promovida pela câmara, Associação das Festas do Povo de Campo Maior (AFPCM) e Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, a candidatura é apreciada, esta semana, pela UNESCO.

A 16.ª reunião do Comité do Património Mundial deste organismo internacional decorre desde hoje e até sábado, em Paris (França).

Tradição secular e realizadas pela última vez em 2015, estas festas tradicionais, que só se realizam quando o povo quer, apresentam dezenas de ruas, sobretudo no centro histórico, decoradas com milhares de flores de papel, feitas voluntariamente pela população.

Promovidos pela AFCM, os festejos são reconhecidos internacionalmente pela sua originalidade e cariz popular, com os habitantes a prepararem a ornamentação das ruas durante meses a fio.

Esta tradição, identitária de Campo Maior, tem vindo a ser transmitida de geração em geração, oralmente e de forma informal, com os mais velhos a ensinarem aos mais novos os ‘segredos’ da elaboração das flores que ornamentam os espaços públicos da vila.

Para “perpetuar” o ‘selo’ da UNESCO e “salvaguardar” todo o património histórico que envolve as Festas do Povo de Campo Maior, o município construiu um museu que espera inaugurar em janeiro, caso a pandemia da covid-19 o permita, num investimento que ronda um milhão de euros.

C/Lusa

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