«O Alqueva não chega para todo o regadio projetado. O Alqueva foi feito para os espanhóis plantarem amendoal», estas foram algumas das afirmações e notícias que José Pedro Salema, presidente da EDIA (Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva), quis desmistificar no seu discurso, no âmbito da conferência “Oportunidades para os Jovens Agricultores em Portugal”, que decorreu em Portel (22 de fevereiro).
Em declarações à RC, o presidente da entidade responsável pela gestão de Alqueva afirma que, “se estiver cheio, tem capacidade para cruzar 3 anos de seca”.
“A barragem e todo o sistema de Alqueva foram pensados já num ambiente de muita instabilidade”
José Pedro Salema
A grande dimensão da barragem permite “aguentar a variabilidade” a que assistimos com as alterações climáticas, que resultam em períodos de seca e “episódios de chuva mais concentrada”, sendo que pequenas barragens transbordariam, explica.
A EDIA está autorizada a extrair até 600 milhões de m3 anualmente, o que “permite perfeitamente regar” os 200 mil hectares (3 mil m3 por ha), com 170 mil hectares projetados de área servida e 30 mil ha de perímetros confinantes, garante o dirigente. Esta segurança permite que continuem a ser desenvolvidos projetos e que Alqueva atraia cada vez mais investimento.