A empresa gestora da barragem do Alqueva, EDIA, tem visto continuamente o seu capital a ser aumentado pelo Estado, através da compra ações. Em Janeiro foram 17,2 milhões de euros e agora mais 13,9 milhões de euros.
Em declarações à Rádio Campanário, o Presidente da EDIA, Eng. José Pedro Salema declara que as verbas são todas direcionadas ao abate da dívida do Alqueva. Afirma que o EBITA da empresa é positivo e que “a operação da EDIA é rentável. O que não é rentável é o resultado, na sua globalidade, pela opção que o Estado tomou em utilizar muitos capitais alheios que têm que ser pagos.
”A operação do Alqueva tem resultado numa receita excedentária que cobre todas as despesas e apresenta ainda perspetivas de melhorar.
Demonstrando compreensão para com a situação dos agricultores e juntamente com a aprovação de “um projeto de larga escala de energia renovável” nos moldes previstos, foi possível antecipar a descida do preço da água.
O projeto de alargamento da barragem, ao abrigo do Plano Junker, possibilitará abranger mais 50 mil hectares de perímetro de rega, tendo um custo superior a 200 milhões de euros.
“A campanha de rega 2017? Com certeza!” O presidente da empresa assegura que a barragem do Alqueva se encontra a 80% da sua capacidade e que assegurará, como em anos anteriores, o fornecimento de água aos agricultores portugueses.