O Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, vai encerrar aV Energy and Climate Summit, dedicada à “Economia Circular”, que terá lugar, nos próximos dias 19 e 20 de abril, no Campus do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP). A Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, e a Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, participam na sessão de abertura da conferência. Luís Represas, Tito Paris, Don Kikas e Tonekas Prazeres animam a noite do primeiro dia da iniciativa com um concerto, de entrada livre, junto ao lago do Campus do Politécnico de Portalegre, pelas 21h30.
O eventoconta com o contributo de importantes personalidades da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP), investigadores, empresários estudantes e economistas. Os painéis “Transição para a Economia Circular. O que nos falta?”, “Como introduzir a variável Ambiente na Economia do Futuro?” e “Processo, Inovação e Eco-design na nova Economia Circular” serão moderados pelos jornalistas Alberta Marques Fernandes, Alexandre Brito e Tânia Paiva, respetivamente.
A V Energy and Climate Summit, dedicada à Economia Circular, é uma iniciativa do Projeto GUARDIÕES, promovido pelo IPP, em parceria com o Fórum da Energia e Clima (FEC) e com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA).
O Presidente do Politécnico de Portalegre, Luís Loures, refere que em tempos de grandes e aceleradas mudanças, a Economia Circular tem vindo a impor-se como uma abordagem fundamental ao nível da transição energética e, consequentemente, do combate às alterações climáticas. “A temática da V Energy and Climate Summit, não podia, por isso, ser mais atual. Potenciar a transição para uma economia de baixo carbono, fomentar a utilização de fontes de energia renovável e limpa, maximizando a eficiência dos recursos – reduzir a utilização de combustíveis fósseis e optar por recursos renováveis como a energia solar, eólica e hidráulica -, são apenas alguns dos contributos da Economia Circular para um futuro mais limpo e sustentável que todos queremos construir”, defende.
O Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA), António Ceia da Silva afirma que, embora a Economia Circular surja como uma nova forma de pensar o futuro, “mais não estamos do que a recuperar aquilo que, por hábito, fomos ignorando e esquecendo e que é o círculo da vida, ou seja a nossa relação com o planeta”. E acrescenta, “a Economia Circular permite-nos combater a escassez de recursos, o impacto das alterações climáticas, criar valor e gerar emprego. Foram também estes os pressupostos que estiveram na origem do Fórum de Economia Circular do Alentejo (FECA), uma iniciativa da CCDR do Alentejo e que nasce, em 2017, em resposta ao desafio de diferentes parceiros, com o objetivo de dinamizar e potenciar projetos de Economia Circular, informando e capacitando os atores regionais e a população em geral”.
“A Economia Circular é a economia de um futuro que temos de antecipar”, afirma Ricardo Campos, Presidente do Fórum Energia e Clima. “A partir de Julho, o mundo vai viver de crédito, esgotou todos os recursos, bem como a capacidade de regeneração natural”. Ricardo Campos defende a necessidade de impulsionar os bons exemplos da Economia Circular, a implementação dos critérios de sustentabilidade ESG, os mercados de carbono e promover mais reciclagem e mais incorporação de matérias-primas secundárias nos novos produtos. “É este assunto que vamos estar durante dois dias a tratar em Portalegre”, adianta o Presidente do FEE.
“Vamos contar com delegações de vários países da CPLP, com membros de governo e personalidades da Economia e dos órgãos de comunicação social. A presença do Presidente da República de Cabo Verde nesta conferência é um enorme estímulo ao trabalho que o Fórum da Energia e Clima tem vindo a desenvolver em Cabo Verde e nos restantes países africanos de língua oficial Portuguesa”, conclui Ricardo Campos.