A Presidente da Câmara Municipal do Alandroal, Mariana Chilra, falou à RC sobre a obra de conclusão do edifício da Biblioteca Municipal do Alandroal – “Estamos a desenvolver um projeto para concluirmos a obra da biblioteca”.
A autarquia irá proceder à requalificação da área envolvente, incluindo três ruas de acesso ao edifício. A candidatura a fundos comunitários para tal já esta aprovada e prevê-se que a obra seja concluída este ano.
Ao assumir funções em 2013, a autarca deparou-se com a infraestrutura já em estado de degradação e com uma dívida do valor investido de mais de 600 mil euros, pois a obra não foi concluída dentro do prazo contemplado pela candidatura (31 de Dezembro de 2013).
A obra teve duas candidaturas a apoios, uma a CCDR e a outra Direção Geral dos Livros e das Bibliotecas. Neste momento, o Município do Alandroal está a devolver mais de 350 mil euros à CCDR há quase dois anos, em prestações mensais de cerca de 20 mil euros.
Incorre ainda no risco de devolução dos 260 mil euros recebidos no âmbito da candidatura do IPOB, caso não se verifique, mais uma vez, a conclusão da obra.
Atualmente a Biblioteca Municipal está a funcionar nas instalações do terminal rodoviário.
“É uma questão de sensatez, concluir uma obra que não chegou a ser acabada e que se vem a degradar de ano para ano, e é dinheiro público que ali está investido, muito dinheiro até”, acrescenta a autarca. Lembre-se que a obra foi iniciada em 2005 e parada em 2007.
“Não existe qualquer financiamento para a conclusão da obra” que poderá rondar os 200 mil euros, estando a mesma contemplada no Plano Orçamental 2017 da autarquia.
A Presidente afirma que o município tem condições para suportar a obra de conclusão da infraestrutura. Acrescentando que o valor orçamentado até ao momento é bastante inferior ao previsto pela última autarquia, que rondava os 700 mil euros.
Até 2018, o município do Alandroal receberá cerca de 16 milhões do FAM, valor que será obrigatoriamente aplicado no pagamento de dívidas a diversos credores.
A autarca garante que o plano tem vindo a ser seguido e que se assim continuar, “com uma gestão rigorosa e criteriosa do dinheiro” oriundo de receitas próprias (criadas com o aumento do IMI e várias tarifas como a da água), receitas do FEF e com uma redução de custos, o pagamento será exequível.
“É possível, nós já demonstrámos isso; que o Alandroal, apesar das dificuldades, consegue fazer a obra, consegue desenvolver projetos e consegue ao mesmo tempo reduzir a dívida.”
