Rita Fonseca Pinto, estudante de doutoramento do Centro de Investigação do Desporto da Universidade Miguel Hernández, em Espanha, estagiária na Universidade de Évora, desenvolveu um modelo de avaliação das competências aquáticas de crianças, que pode vir a revelar-se bastante importante na prevenção de afogamentos, uma das principais causas de morte nesta época do ano.
O modelo está direcionado para crianças dos 6 aos 12 anos e consiste numa avaliação das reais capacidades das crianças, ao nível das competências aquáticas, factor essencial para que lhe seja aplicado um determinado nível de conhecimento e em função dele, aplicar-lhes o melhor plano de aprendizagem de forma a que possam sentir-se mais seguras quando estiverem neste meio, adiantou a estudante à Agência Lusa.
O modelo desenvolve “um conceito multidimensional da competência aquática”, com intervenção em várias áreas que vão desde a alfabetização aquática, prevenção do afogamento e educação ambiental. Através deste modelo é ainda desenvolvido “o modelo de avaliação” sendo essencial que as crianças saibam avaliar o risco.
Anualmente, em média, mais de 235 mil pessoas perdem a vida em situações de afogamento. Em Portugal, nos últimos 20 anos, mais de 300 crianças e/ou jovens morreram afogadas.
Neste contexto, esta investigação e o modelo desenvolvido poderá ser um contributo importante para diminuir o risco muitas vezes existente na utilização do meio aquático por crianças e jovens.
