É no Concelho de Aljustrel que está fixado o primeiro projeto de produção de canábis para fins medicinais no Baixo Alentejo. Esta é a maior plantação ao ar livre de Canábis para fins medicinais da Europa.
Um total de “aproximadamente três mil quilos de flor seca de canábis” foi produzido, a partir de 40 mil plantas, na primeira colheita na exploração da RPK Biopharma em Aljustrel. Estes foram dados divulgados pela The Flowr Corporation, sociedade canadiana proprietária da Holigen e da sua subsidiária portuguesa, a RPK Biopharma, avança a Lusa.
Segundo a Flowr, a colheita de canábis ao ar livre em Aljustrel, no distrito de Beja, “rendeu aproximadamente três mil quilos de flor de canábis com alto teor de THC” [tetra-hidrocanabinol, composto derivado destas plantas].
Paralelamente, as colheitas nos politúneis interiores da exploração alentejana “renderam aproximadamente 35 quilos de flor seca de canábis + 20% THC”.
Perante este resultados, a empresa espera, “obter a certificação GMP [Good Manufacturing Practice/ Boas Práticas de Fabrico] europeia em 2021”.
“Não há nenhum outro projeto como este na União Europeia (UE) e esperamos poder alavancar esta capacidade de cultivo de baixo custo para produzir um conjunto diversificado de produtos derivados, bem como flores secas, que acreditamos que serão lançadas com certificação GMP”, disse Vinay Tolia, CEO da Flowr, citado no comunicado.
Além dos resultados da primeira colheita, a Flowr anunciou também que concordou fechar a parcela final de financiamento da ‘joint venture’ de Aljustrel, “no valor de um milhão de dólares”, com a também canadiana Terrace Global.
Este projeto trata-se da maior plantação de canábis para fins medicinais da Europa, numa área que vai chegar aos 40 hectares este ano, após um investimento total de cerca de 45 milhões de euros e que poderá criar até 200 postos de trabalho.