O primeiro-ministro, Dr. Luís Montenegro, dirigiu-se ao país para abordar a situação crítica dos incêndios florestais que assolam o Centro e Norte de Portugal. Durante o discurso, expressou condolências às famílias dos três bombeiros falecidos no combate às chamas e manifestou o seu apreço pelos operacionais que continuam no terreno, garantindo que o Governo fará tudo ao seu alcance para apoiar as populações afetadas.
Montenegro sublinhou que, desde o início da crise, o Governo elevou os níveis de alerta, tendo decretado a situação de calamidade em todos os municípios afetados. Esta medida permitirá uma resposta rápida, com apoio imediato às vítimas que perderam casas e fontes de subsistência, bem como um reforço operacional e financeiro em colaboração com as autarquias.
Nas declarações ao País, o primeiro-ministro destacou a necessidade de combater comportamentos criminosos que estão na origem de muitos dos incêndios. “Não podemos perdoar a quem não tem perdão”, afirmou, referindo-se a atos de natureza criminosa que causam devastação e ameaçam vidas. Montenegro anunciou também que será criada uma equipa especializada de investigação criminal para aprofundar a apuração de responsabilidades nos incêndios, em colaboração com a Procuradoria-Geral da República e as Forças de Segurança.
“Nós não vamos largar estes criminosos” – esta foi a mensagem clara deixada pelo primeiro-ministro, sublinhando que o Estado fará todos os esforços para identificar e levar à Justiça aqueles que, em nome de interesses pessoais, colocam em risco o país e a vida dos cidadãos.
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