O preço médio das casas na região alentejana aumentou 55% no primeiro semestre deste ano em comparação homóloga, segundo a consultora Imovendo.
A pandemia e as mexidas na legislação dos Vistos Gold vieram trocar as voltas da dinâmica imobiliária em relação à atratividade das diferentes regiões do país. É o caso do Alentejo que tradicionalmente sempre foi considerada uma das zonas menos ativas no negócio imobiliário, mas que ganhou um novo estatuto nos tempos mais recentes e que já se reflete no preço dos imóveis.
Segundo a consultora Imovendo, a região alentejana foi a que mais de destacou a nível nacional, com a subida a atingir novos máximos o o preço por m2 a chegar aos €2.700, o que se traduz num crescimento de 55% no primeiro semestre de 2022 face a 2021.
Logo a seguir ao Alentejo surge a zona Centro, onde o preço do m2 dos imóveis para venda atingiu os €1.700, +17% face ao 1º semestre de 2021, enquanto na zona Norte esse valor se situou nos €1.400, +13%.
O cenário de subida do preço do m2 verifica-se devido à diminuição de imóveis disponíveis (-14% face a 2021), lembra a consultora, no seu relatório.
No que diz respeito ao preço por metro quadrado dos imóveis efetivamente vendidos, o cenário de crescimento repetiu-se nas três zonas em análise, ainda que com números mais modestos: +15% no Alentejo (€1.300 para €1.500), +18% no centro (€1.100 para €1.350) e de +15% no Norte (€1.000 para €1.200).
“Comparando o valor do m2 do lado da oferta com o preço por m2 dos imóveis vendidos, verifica-se que, com exceção do Norte do país, os imóveis são vendidos por um valor consideravelmente mais baixo”, diz Nélio Leão, CEO da Imovendo.
Apesar do aumento de preços, viver fora dos grandes centros urbanos continua a compensar, pois uma moradia T3 com 160 m2 vale em Lisboa entre €650.000 e €1,1 Milhão, enquanto em Évora, uma moradia semelhante situa-se entre os €200.000 e os €300.000, exemplifica o responsável..
Dos distritos do interior, a Imovendo destaca Évora e Beja como os mais caros, onde o m2 custa entre €1.135 e €1.030, respetivamente, enquanto que os mais baratos são Bragança e Viseu, com valores de €795 e €851, respetivamente.