As previsões agrícolas, em 30 de setembro, apontam para aumentos de produção generalizados nas fruteiras e vinhas.
As vindimas, iniciadas em meados de agosto, continuaram a decorrer durante o mês de setembro, estando terminadas ou próximas do fim nas regiões do sul. De uma forma geral, conforme indica o INE, esta campanha foi condicionada pela forte precipitação na primavera, que promoveu o rápido crescimento dos lançamentos e, simultaneamente, criou condições favoráveis aos ataques das doenças criptogâmicas, obrigando à intensificação dos tratamentos fitossanitários com produtos de modo de ação sistémico8 .
Foi também responsável pela ocorrência de situações de desavinho e bagoinha (em especial na região vitivinícola do Minho).
A precipitação de setembro, que interrompeu a vindima em algumas regiões durante 2 ou 3 dias, deteriorou a qualidade das uvas, com o aumento da incidência da podridão cinzenta (Botrytis cinerea) a obrigar à antecipação das vindimas em algumas vinhas que ainda não tinham atingido o teor de açúcar desejado. Globalmente, prevê-se um aumento de produção de 5%, face à vindima de 2020, com a generalidade das regiões vitivinícolas a compensarem as quebras observadas na região vitivinícola do Minho.
De referir que os mostos apresentam bom equilíbrio na relação entre a acidez e os açúcares (ainda que com teores de açúcar inferiores ao habitual), perspetivando-se a obtenção de vinhos de boa qualidade. Também na uva de mesa as previsões apontam para um aumento de 5%, face à campanha anterior.