As condições climáticas, nomeadamente as altas temperaturas verificadas na região, deverão levar a que a produção de vinho no Alentejo, em 2024, registe uma quebra de cerca de 10%, contrariando a tendência registada em 2023, ano em que, de acordo com a Comissão Vitivinícola da região Alentejana , registou uma produção superior a 120 milhões de litros de vinho.
A CVRA estima para este ano uma produção de cerca de 110 milhões de litros, estimativas estas que já foram comunicadas pela Comissão à entidade responsável, o Instituto da Vinha e do Vinho.
Apesar de 2024 ter sido um ano favorável em termos de água, as temperaturas elevadas trouxeram problemas para as videiras, referiu Francisco Mateus , responsável pela Comissão Vitivinícola à Lusa.
Apesar das expetativas menos favoráveis de produção, a região Alentejo, segundo a mesma fonte, não registará falta de vinho .
Numa altura em que no Baixo Alentejo já decorrem vindimas, brevemente a atividade arrancará em outras zonas da região prolongando-se até setembro.
Recorde-se que o Alentejo representa uma área de vinha superior a 23 mil hectares, é líder em vinhos certificados no mercado nacional e exporta principalmente para países como o Brasil, Suíça, EUA, Reino Unido e Polónia.
Os vinhos do Alentejo são hoje uma referência nos mercados nacional e internação e representam um peso muito significativo na economia da região.
