Criada apenas há quatro anos, a marca de gin alentejana Sharish que foi buscar o seu nome à origem da vila de Monsaraz, é já conhecida por todo o mundo. O seu criador, António Cuco, em declarações exclusivas à Rádio Campanário (RC) disse que o reconhecimento conquistado pela sua bebida “é fruto de trabalho” e do “alinhamento dos planetas”, pois “além de termos um produto que as pessoas gostam, temos uma marca pela qual as pessoas nutrem simpatia”. Além de um projeto de turismo de gin disponível em breve, este produtor alentejano é já a escolha de outras marcas para quem produz o seu gin, tanto para o mercado brasileiro como espanhol.
Outro ingrediente especial para esta receita de sucesso, nas palavras do fundador do Sharish Gin, prende-se com a forma de estar dos produtores, pois “acarinhamos muito os nossos consumidores” e “nunca deixamos ninguém que nos faça uma questão” sem resposta, ou “que nos peça uma visita sem visitar”. E desta forma “as pessoas sentem-se acarinhadas”.
O empresário António Cuco, revelou ainda à RC que com a criação de um novo espaço de produção “a partir de 1 de junho temos visitas diárias na destilaria com um técnico superior de turismo, que vai ser o nosso gestor de gin de turismo”. Esta ideia, única quer em Portugal como em Espanha, “já existe em Inglaterra”, mas “nó vamos ter um perfil diferente”, envolvendo “filmagens de conteúdos para esse gin de turismo”, que “vai ter realidade virtual, um espaço multimédia com ecrãs touch [tácteis]” e “com muita coisa para descobrir”.
Ao longo destes anos de criação, desenvolvimento e expansão da marca, os produtores alentejanos fizeram em 2017 “120 mil garrafas de Sharish” e “no total das marcas que nós fazemos, fizemos cerca de 150 a 160 mil garrafas”, pois “fazemos também neste momento três private labels”, ou seja, “três marcas de clientes que nos contratam e nós produzimos o gin deles”, revela o fundador da Sharish.
Nesse âmbito “estamos atualmente com um projeto muito grande em Espanha, com uma grande empresa espanhola” que permitirá aos produtores, durante este ano, duplicar a produção “para cerca de 400 mil garrafas” anuncia António Cuco. Para tal “tivemos que contratar mais gente, tivemos que aumentar a destilaria” e “neste momento quadruplicámos em relação àquilo que tínhamos”.
Uma história de evolução empresarial de “constante investimento”, de uma marca que “surgiu para criar o meu próprio emprego”, explica o produtor de gin, e que, entretanto, “temos um plantel de 12 a trabalhar diariamente na destilaria” e “ao até ao fim do verão, se calhar, vamos contratar mais um ou dois”, conforme evoluam os processos de integração vertical com as outras marcas, onde “nós somos os criadores do gin, somos os destiladores e os engarrafadores”, que são a brasileira “Savvy Gin” e a espanhola “Bluer Gin”.
Com todas estas metas pela frente, António Cuco continua a ter como ambição e objetivo “tratar bem os clientes” e “não estragar aquilo que já fizemos” e ao mesmo tempo “não falhar na qualidade”, porque “estamos em 22 mercados de exportação” com 65% de exportação e “em 2018 vamos passar para cerca de 85% a 90%”.