Depois de 4 anos de testes à volta de alambiques artesanais, 438 botânicas experimentadas e mais de mil macerações e microdestilações o Gin Premium Friends chegou ao mercado. Habituados à cultura do vinho e da vinha, o produtor de vinhos Tiago Cabaço e o engenheiro agrónomo Luís Ferreira uniram-se para criar um gin artesanal que refletisse o carácter da viticultura portuguesa.
As 38 botânicas presentes no Friends juntam-se às passas de uva Touriga Nacional. A combinação destas botânicas aliadas ao estágio em barricas de carvalho e à quadrupla destilação em alambiques artesanais fazem do Friends um gin premium, com um cunho marcadamente português.
Os dois amigos, com personalidades distintas, associaram os gostos comuns pela viticultura e pelo gin para criar um produto diferenciador e, conforme refere o rótulo, “orgulhosamente produzido em Portugal”.
Para assinalar um ano de muito trabalho os dois jovens promoveram um momento de confraternização onde a Rádio Campanário esteve presente, tendo falado com os dois amigos.
Luís Ferreira referiu que foi um ano de muito trabalho “porque é o primeiro ano e implementar todo este produto e lançar esta marca não é fácil, mas chegamos a um ano com muito trabalho, mas acho que foi conseguido, daí também reunirmo-nos e termos os nossos amigos e clientes neste evento que para nós é uma mais valia e acaba por ser mais um dia importante para nós derivado também ao nosso esforço ao longo do ano”.
Tiago Cabaço explicou que o projeto nasceu de “um longo trabalho (…) para lançarmos o produto estivemos quatro anos em testes onde fizemos mais de mil microdestilações e quando lançamos o Gin Friends Touriga Nacional, foi quando achamos exatamente que tínhamos o produto cem por cento afinado e acreditamos que seja um gin premium que marque pela diferença daquilo que existe no mercado”.
Instado, refere que a diferenciação deste gin em relação a outros que já existem no mercado passa por não haver dois gins iguais, “por muito parecidos que possam ser, o Touriga Nacional tem a particularidade de trabalharmos com a casta rainha em Portugal (…) acreditamos que as diferenças do nosso gin, é um gin mais floral do que frutado e o dry é um gin mais cítrico, mais seco, um gin de verão, daqueles em que bebemos três, quatro, cinco e nunca nos saturamos e foi esse o objetivo, agora a verdade seja dita, o mercado está cheio de bons gins e ser só bom não chega, tem que se marcar a diferença, tal e qual como no setor dos vinhos que será muito idêntico”.
Questionado sobre o mercado para esta produção, expressa que acaba por ser o mercado nacional, “estamos a desenvolver agora a nível de exportação. Em fase inicial começamos logo com a França, Luxemburgo (…) o gin é um produto que o mercado acaba por pedir e tivemos alguma facilidade a nível de exportação. Hoje em dia já estamos em vários mercados, sendo esses os principais porque foram os pioneiros e onde começamos a fazer a marca que hoje em dia já tem um peso relevante”.
Os jovens garantem que existem outros projetos porque “não iremos ficar só pelo gin e a família vai crescer, não sabemos é exatamente para quando”.
Quando perguntado dizem que foram produzidas cerca de 20 mil garrafas “e a ideia é tentarmos continuar a crescer de uma forma cautelosa e saudável até porque gostaríamos de deixar de vender mil garrafas do que ficar com uma em casa”.
