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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Produtores alentejanos entregaram mais de 500 candidaturas a programa para “a falta de água nas explorações”, avança Dir. Reg. da Agricultura (c/som)

José Godinho Calado, diretor Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo, esteve aos microfones da Campanário a falar sobre as atuais preocupações da entidade no que concerne à garantia de água para as culturas e abeberamento de animais, e medidas disponíveis para colmatar a sua falta.

O dirigente salienta que existem sempre preocupações, e foi nesse sentido que “foi aberta uma linha específica para pequenos investimentos na exploração agrícola, no âmbito do desenvolvimento rural” (PDR – Programa de Desenvolvimento Rural).

“Podem ser pequenos ou grandes produtores, são é pequenos investimentos”
José Calado

 

A linha é destinada a “pequenos investimentos” de grandes e pequenos produtores, que resolvam problemas no âmbito da falta de água. “Não estamos a falar de uma barragem, estamos a falar de charcas e de furos”, explica.

Pretende-se assim garantir o abeberamento dos animais “e eventualmente algumas culturas” de pequena dimensão, recorrendo a “águas subterrâneas para casos pontuais”.

No Alentejo, a linha teve “uma boa procura, há 515 candidaturas que foram entregues na Direção Regional para análise”, que será feita com a brevidade possível, salienta.

Para além da disponibilidade de água, também as temperaturas surgem como uma preocupação da Direção Regional.

No presente verão, não se têm verificado “picos de calor muito intenso”, nomeadamente semanas com temperaturas próximas dos 40ºC. como em anos transatos.

Com temperaturas a rondar os 30º, o verão tem permitido progressivamente a “maturação de alguns frutos como a uva que está a entrar no período de colheita”, assim como o melão ou o tomate, sem causar grandes escaldões. “Consegue-se uma produção razoável e de qualidade bastante aceitável nesta fase final do ciclo”.

“Não tem sido um verão muito agressivo de prejudicar a agricultura e os seus produtos”
José Calado

O diretor conclui defendendo que os produtores, “quando partiram para essas culturas já tinham à partida água disponível senão não as iam fazer”, sendo que “as temperaturas têm estado aceitáveis para evitar o fenómeno do escaldão”.

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