O Programa Bairros Saudáveis vai financiar 246 projetos, dos quais 27 são no Alentejo, o que “praticamente esgota” a dotação disponível de 10 milhões de euros, anunciou hoje a coordenação do programa em comunicado.
No âmbito do processo de candidaturas, foram recebidas 774 propostas de projetos, das quais foram admitidas 752, excluindo 22 por não terem conseguido apresentar em tempo todos os documentos obrigatórios, indicou a entidade responsável pelo Programa Bairros Saudáveis, revelando que “a lista final de classificação ordena, por ordem decrescente da pontuação atribuída pelo júri, todas as candidaturas admitidas, das quais foram aprovadas para financiamento 246, ou seja, um terço”, conforme informação avançada pelo Governo.
De acordo com a Coordenadora Nacional do Programa Bairros Saudáveis, Helena Roseta, as candidaturas aprovadas obtiveram pontuação igual ou superior a 76,5 pontos (num máximo de 100) e “serão todas financiadas a 100%”, num total de 9,99 milhões de euros (9.992.647 euros).
A dotação disponível do Programa Bairros Saudáveis é de 10 milhões de euros, estabelecendo que o financiamento máximo por candidatura é de 50.000 euros.
Das 246 candidaturas aprovadas, 181 projetos solicitam um financiamento entre 25.001 e 50.000 euros, 57 pedem um apoio entre 5.001 e 25.000 euros e oito estimam um montante até 5.000 euros, segundo os dados avançados pela entidade responsável do programa, informando que “as verbas serão transferidas de forma faseada, devendo ser executadas até abril de 2022”.
Em termos de dispersão regional das candidaturas aprovadas para financiamento, 96 localizam-se em Lisboa e Vale do Tejo, 71 na região Norte, 35 no Centro, 27 no Alentejo e 17 no Algarve, verificando-se que, do total de projetos viabilizados, 69 são em territórios do interior do país, adiantou a coordenadora do programa.
Em vigor desde julho de 2020, o Programa Bairros Saudáveis aplica-se a Portugal continental e visa apoiar intervenções locais de promoção da saúde e da qualidade de vida das comunidades territoriais, através de projetos apresentados por “associações, coletividades, organizações não governamentais, movimentos cívicos e organizações de moradores”.