O “Programa de Gestão de Caso para Doentes Crónicos com Multimorbilidade”, da Unidade de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) conquistou o Prémio Saúde Sustentável, na categoria Projetos Especiais.
O projeto visa uma estabilização clínica do doente, proporcionando-lhe um suporte social no domicílio, reduzindo o tempo de permanência em unidades de saúde.
Com uma equipa multidisciplinar formada por 25 profissionais (médicos, enfermeiros e assistentes sociais), o programa faz uma reorganização e coordenação de diversos serviços até então separados, de Medicina Familiar e Geral, Medicina Interna e Segurança Social.
O “Programa de Gestão de Caso para Doentes Crónicos com Multimorbilidade” foi implementado em 2 concelhos do Litoral Alentejano – Odemira e Santiago do Cacém – no início de 2018, pretende-se um alargamento do projeto em 2019.
Os resultados já obtidos demonstram, em 43 pacientes nesta situação, um recuo de 66,6% das idas à urgência hospitalar; menos 77,1% de idas ao serviço de urgências básico de Odemira; 52,4% dos internamentos, com redução da demora médica em dois dias.
Tudo somado, a poupança é de 2.558 euros por doente equivalente/ano, avança o SNS (Serviço Nacional de Saúde).
O enfermeiro dos cuidados primários surge como elo de ligação entre os doentes e os diferentes serviços e único ponto de contacto com o doente a família. O enfermeiro ensina estes a navegarem no sistema, e elaboram e negoceiam com os mesmos um plano personalizado.
O projeto contempla pastas e emails partilhadas entre os elementos das equipas, computador com VPN para acesso em casa pelo doente e cuidador, existindo ainda a hipótese de videoconferência.
O programa visa dar uma melhor resposta a situações derivadas do aumento da esperança de vida e das suas implicações ao nível dos cuidados de saúde.
O Prémio Saúde Sustentável é uma iniciativa da Sanofi e do Jornal de Negócios que premeia, divulga e incentiva boas práticas da sustentabilidade da saúde em Portugal.
