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Programa de Reabilitação de Instalações Desportivas “não permite” financiar obras para estádios alentejanos receberem jogos de alto risco, diz diretor do IPDJ (c/som)

Foram publicados, na passada segunda-feira (16 de Outubro), em Diário da República, dois contratos ao abrigo do Programa de Reabilitação de Instalações Desportivas (PRID 2017), em que o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) do Alentejo, através do seu orçamento, concedeu “uma comparticipação financeira” para a elaboração destes trabalhos.

De acordo com o portal do Governo, as reabilitações serão elaboradas nas instalações do Grupo Cultural e Desportivo de Aguiar e Clube de Ténis de Montemor-o-Novo, onde, 18.750 euros e 6.500 euros serão as quantias cedidas, respetivamente, pela entidade alentejana aos grupos desportivos anteriormente referidos.

Em declarações a esta estação emissora, Miguel Rasquinho, diretor regional do IPDJ Alentejo, refere que ao abrigo deste programa surgem projetos como a “reabilitação de balneários” ou “alteração da iluminação para soluções mais económicas”, e confirma que “não seria possível” financiar obras num estádio de forma a permitir jogos de alto risco.

Miguel Rasquinho considera que o orçamento “não é muito”, para uma área onde foram candidatados “60 projetos de clubes alentejanos”, dos quais, 9 serão apoiados na linha deste programa.

De acordo com o diretor regional do IPDJ o programa disponibilizava 1 milhão de euros para projetos em todo o país, dos quais 120 mil euros são destinados ao Alentejo, dotação financeira que considera “manifestamente pouco”, sustentando que as candidaturas só do Alentejo superavam o valor orçamentado para o país, anteriormente referido.

Ainda assim, Miguel Rasquinho mostra-se confiante no crescimento do programa, que considera “uma boa base para de apoio para a recuperação das instalações desportivas do Alentejo”, indicando que “são obras para associações que têm atividade desportiva”.

Questionado sobre as exigências colocadas pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e as autoridades para a realização de jogos considerados de alto risco, Miguel Rasquinho sustenta que “muito provavelmente a verba necessária para os estádios permitirem esse tipo de jogos seria completamente irrisória” ao abrigo deste formato de programa.

“Neste programa não acredito que seja possível financiar essas obras”, afirmou o diretor regional do IPDJ, sobre o qual, confirma que “não seria possível financiar esse tipo de obras” e indica que a decisão terá de ser tomada “a um outro nível”.

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