A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) lançou o processo para a instalação do maior projeto fotovoltaico flutuante da Europa, com um valor base de 45 milhões de euros no concurso. Este anúncio foi feito pelo Ministério da Agricultura e Alimentação em comunicado à Lusa, informando que a EDIA iniciou o procedimento contratual para o fornecimento, instalação e licenciamento de quatro Unidades de Produção para Autoconsumo (UPAC) nas proximidades das estações elevatórias da Rede Primária do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva (EFMA).
Este projeto representará o maior projeto fotovoltaico flutuante da Europa, com uma produção estimada de 90 gigawatts-hora (GWh) por ano. A energia gerada por essas centrais fotovoltaicas será suficiente para abastecer dois terços da população do Baixo Alentejo.
O EFMA já possui nove centrais fotovoltaicas em operação, e esta expansão contribuirá significativamente para a capacidade de produção de energia da região. Os painéis fotovoltaicos serão instalados em estruturas flutuantes sobre a água e a energia gerada será direcionada para as estações elevatórias. A área ocupada por essas centrais será de aproximadamente 42 hectares sobre a superfície da água.
Estima-se que serão necessários cerca de 100.000 painéis fotovoltaicos para este projeto, o que resultará na redução da emissão de 30.000 toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano.
A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, sublinhou a importância deste projeto no contexto da transição energética e da descarbonização da economia, destacando que é fundamental para a sustentabilidade do projeto Alqueva, uma vez que os custos variáveis na distribuição de água são uma das principais preocupações.