Tal como a Rádio campanário noticiou no passado dia 23 de abril, “O Sines 4.0 será um dos maiores ‘campus’ de centros de dados [‘Hyperscaler Data Centre’], um dos maiores projetos da Europa e que procura dar resposta à crescente procura de grandes empresas internacionais de tecnologia fornecedoras de serviços de ‘streaming’, ‘social media’, ‘ecommerce’, ‘gaming’, educação ‘online’, videoconferência e outros de processamento e armazenagem de dados e de aplicações empresariais”.
o projeto Sines 4.0, o chamado investimento do século, é a materialização de uma cidade que vai albergar um centro de dados e que dará origem a cerca de 1200 postos de trabalho.
O Jornalista e Comentador Português Nuno Rogeiro, em declarações ao Jornal Expresso, falou sobre este investimento, referindo “num país que tem 20% de pessoas que estão em pobreza estrutural, todos concordamos que a grande preocupação deve ser a criação de postos de trabalho.”
Apesar deste ponto positivo, Nuno Rogeiro levanta outras questões nomeadamente sobre a empresa que o financia explicando “ este investimento não é financiado por nenhum grande banco internacional nem nenhum grande grupo” sublinhando que a a empresa que irá finaciar o projeto, a Davidson Kempner, é um fundo de investimento especializada em comprar crédito mal parado de empresas que estão mal” apelidando-a de empresa “abutre ” conforme refere o Expresso.
O jornalista deixa ainda no ar outras questões, nomeadamente sobre a empresa responsável pela construção deste megacentro, e em especial sobre a modernização para este centro, necessária dentro de sete anos, sendo imprescindível perceber se neste investimento, essa modernização está contemplada.
O projeto Sines 4.0 tem um investimento de 4,5 mil milhões de euros, o que perfaz duas vezes o investimento na Autoeuropa, em 1995.