A eleição do novo presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC) para o próximo quadriénio, na sequência das eleições autárquicas de 1 de outubro, continua num impasse por falta de acordo entre os autarcas do PS e da CDU.
Na reunião decorrida no passado dia 5 de dezembro, procedeu-se à votação das duas listas apresentadas, uma pelo Partido Socialista (PS) encabeçada por José Calixto e outra pela Coligação Democrática Unitária (CDU) liderada por Carlos Pinto de Sá, que resultou em 8 votos para os socialistas e 6 votos para os comunistas.
Em declarações à Rádio Campanário, Carlos Pinto de Sá, candidato da lista da CDU (Município de Évora) afirma que “o que há a fazer, o que nós propusemos, é negociar”.
A lei para eleição do presidente da CIMAC “obriga à verificação de duas situações em simultâneo, o maior número de câmaras e o maior número de eleitores”.
Apesar da votação, em que o PS contou com a votação de movimentos independentes, “não tem o maior número de câmaras”, recorda Carlos Pinto de Sá, sendo que a CDU verifica o maior número de eleitores.
Desde a referida reunião realizada no início de dezembro, que decorrem as negociações, porque “há duas posições que não se têm conseguido conciliar”.
Durante este período, avança, “fizemos várias propostas ao Partido Socialista, uma delas que teve alguma recetividade, que foi a da rotatividade na presidência”, tendo esta chegado a um impasse na decisão de quem assumiria funções primeiro.
A CDU propôs que fosse o representante do PS a assumir a presidência durante os primeiros dois anos, facto que Carlos Pinto de Sá garante ver com bom olhos, e o representante da CDU assumiria o cargo nos dois últimos anos. Contudo, avança, “o Partido Socialista quer ao contrário”. “Há aqui uma divergência relativamente a quem deve assumir a primeira parte e a segunda parte do mandato”, conclui.
Não querendo que a situação se prolongue durante muito mais tempo, “a CDU avançou com uma nova proposta diferente daquela que existia, e estamos a espera agora de uma resposta do Partido Socialista”
Não adiantando muito sobre esta última proposta, garante que “ia satisfazer todas as partes”, incluindo os movimentos independentes, proposta essa que “passa pela participação do Partido Socialista e pela participação da CDU na direção da CIMAC”.
Ao que a Rádio Campanário pode apurar, eventualmente esta proposta contempla que seja um independente a assumir o cargo da presidência.
