Os proprietários das duas pedreiras de Borba para onde desabou a Estrada Municipal 255 em novembro de 2018, não conseguiram entregar os estudos e projetos para garantir a segurança e estabilização das pedreiras, dentro do prazo estipulado. O caso arrisca-se a acabar com uma queixa do Estado no Ministério Público.
Segundo avança a TSF baseada em carta a que teve acesso, em fevereiro a Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) dava a uma dessas pedreiras de Borba, um prazo de quatro meses para apresentar um estudo e um projeto para reforços estruturais, repondo zonas de defesa e estabilizando as escombreiras.
Desde o início que fonte ligada ao processo, do lado das empresas de Borba, se queixa que o prazo era impossível de cumprir.
Estas foram 2 das 155 pedreiras do país identificadas no “Plano de Intervenção nas Pedreiras em Situação Crítica” feito depois do acidente em Borba. A Direção-Geral de Energia e Geologia confirma à fonte que as empresas responsáveis pelas pedreiras da estrada de Borba (“Carrascal JS” e “Olival Grande – São Sebastião”) se encontram entre as 56 do país que pediram mais tempo, não cumprindo o prazo apresentado sob pena, como dizia a carta enviada aos empresários, de serem acusados do crime de desobediência.
Ultrapassado o prazo, segundo a DGEG os exploradores das duas pedreiras de Borba argumentam com a falta de condições de segurança para fazer os trabalhos do estudo geotécnico.
A razão é “a proximidade das referidas pedreiras com o local onde se deu a derrocada de parte da estrada municipal 255”.
As empresas apresentam um estudo de uma equipa de engenheiros de uma empresa em parceria com a Universidade de Évora que confirma a falta de condições de segurança, prometendo começar os trabalhos quando essas condições estiverem reunidas.