O Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) quer investir 15 milhões de euros na construção de uma nova residência estudantil com 503 camas, para responder à “crescente dificuldade” de estudantes em conseguir alojamento na cidade.
Numa nota publicada na sua página na Internet, o IPBeja informou que submeteu uma “manifestação de interesse a financiamento” no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a construção de uma residência estudantil, num investimento de 15.020.431 euros.
Segundo a instituição de ensino superior público, a proposta, submetida com a participação da Câmara de Beja, “procura dar resposta à crescente dificuldade sentida pelos estudantes do IPBeja quando procuram alojamento na cidade de Beja no início de cada ano letivo”.
A presidente do IPBeja, Maria de Fátima Carvalho, explicou hoje à agência Lusa que a ideia é construir uma residência “com todas as valências necessárias” para estudantes terem alojamento “condigno e a preço reduzido”.
A confirmar-se a construção, a nova residência será um contributo para que “o IPBeja possa ser chamativo para alunos nacionais e internacionais e também investigadores” e “uma mais-valia muito grande para oferecer a quem escolher” a instituição para estudar, frisou.
Atualmente, precisou a presidente, o IPBeja tem sete residências estudantis em Beja, sendo que duas estão perto do campus e as restantes cinco dispersas pelo centro da cidade, num total de 410 camas.
Com a nova residência, a instituição pretende desativar as cinco residências no centro da cidade, as quais “estão em edifícios adaptados e não têm todas as valências necessárias”, indicou.
O IPBeja prevê “manter apenas” as duas residências perto do campus, que são as mais recentes, têm “as comodidades necessárias” e um total de 174 camas, e a nova residência, o que permitirá à instituição passar a ter um total de 677 camas, disse Maria de Fátima Carvalho.
No entanto, frisou, duas das cinco residências situadas no centro da cidade “são património do IPBeja e, se for necessário, poderão continuar a funcionar”.
A nova residência deverá ser construída num terreno cedido pelo município e situado perto do campus e contíguo à Escola Superior de Tecnologia e Gestão do politécnico, indicou a presidente.
Na nota, o IPBeja referiu que a dificuldade de alunos em conseguirem alojamento em Beja “tem vindo a ser sublinhada, em diversas ocasiões, pelos representantes dos estudantes”, através da associação académica da instituição.
A instituição explicou que a dificuldade deve-se ao “crescente número de estudantes” que o IPBeja tem registado nos últimos anos, “em resultado do sucesso da diversificação da oferta formativa”, existindo ainda “a expectativa” de que possa “vir a aumentar, face aos novos programas de qualificação também financiados pelo PRR”.
Segundo a instituição, “em função da necessidade” e da “oportunidade no âmbito do programa desenvolvido ao abrigo do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior” (PNAES), a presidência do IPBeja e o executivo da Câmara de Beja, em parceria, “constituíram uma equipa técnica que desenvolveu a proposta apresentada”, explicou.
O IPBeja adiantou que a proposta submetida irá ser avaliada por “um painel independente de alto nível” em função de critérios, que “mereceram a máxima atenção por parte da equipa técnica” que a preparou.