Após as declarações do Presidente da Junta de Freguesia de Pardais, Inácio Esperança, à margem da Sessão Solene da Assembleia Municipal de Vila Viçosa, dia 25 de abril, afirmando que PS e o PSD terão prometido a compra do Framar ao proprietário, os vereadores do PS, Anabela Consolado e Francisco Chagas, pediram o Direito de Resposta para dizer que “essas afirmações são falsas”.
A vereadora do PS e cabeça de lista à Câmara Municipal de Vila Viçosa, nas últimas Autárquicas, disse à Rádio Campanário que as declarações de Inácio Esperança “não correspondem à verdade, o que para nós é muito estranho e grave”. “Pensamos nós que é grave que um eleito, uma pessoa com responsabilidades políticas mentir desta forma a toda a população”, acrescenta a vereadora, dizendo que só “o Sr. Presidente da Junta, enquanto eleito pelo MUC, enquanto militante do PSD, poderá sim falar sobre e em nome desse movimento e talvez em nome também do PSD”, mas “nunca poderá vir fazer afirmações em nome do PS”.
Anabela Consolado afirma que “nunca, em momento algum, o PS entrou em contacto com aquele que fosse o proprietário do Framar para lhe fazer qualquer proposta, caso ganhássemos as eleições”. E confessa que desconhecia que o mesmo se encontrava à venda, até ao momento da apresentação da proposta em reunião de câmara, “proposta essa que foi feita pela CDU”.
Ainda sobre possíveis conversações durante o último mandado do PS em Vila Viçosa (2009-2013) a quando do fecho do imóvel, a mesma diz que “não tenho qualquer conhecimento sobre isso”.
Por seu turno, Francisco Chagas, na altura presidente do Secretariado do PS de Vila Viçosa e mandatário financeiro da campanha às Autárquicas de 2017, diz que “nunca este secretariado ou algum dos membros ficou mandatado para falar com o proprietário do edifício”.
“O que eu vejo aqui é uma falta de seriedade, uma falta de honestidade e, digo mais, uma demagogia bastante baixa por parte de alguns políticos no nosso concelho, que após as últimas eleições optaram por este tipo de estar na política, o que é bastante desagradável”, acrescenta o vereador do PS. Considerando por isso o que Inácio Esperança, ao levantar tais alegações, “além de ser falso é demagogo”.
Francisco Chagas também referiu que “o facto de dizer que a Câmara pode ter o direito de opção da compra de qualquer edifício [que faça parte do centro histórico]”, não é linear. Para isso, “o proprietário do imóvel dirige-se à câmara” para manifestar “que tem intenção de vender aquele imóvel e, efetivamente, a câmara pronuncia-se se tem o direito de opção ou não do imóvel, o que não aconteceu com este imóvel”.
“Nós, vereadores do Partido Socialista, estamos verdadeiramente preocupados pela instabilidade criada na sua conjuntura, em termos políticos, e no exercício do executivo com os processos mal instruídos”, diz ainda o vereador do PS. Pois, embora este processo “tivesse sido aprovado com dois votos da CDU e um voto do MUC, e os dois votos contra do PS, está ferido de ilegalidade”, tendo, por consequência, sido retirado da ordem de trabalhos na última Assembleia Municipal, dia 27 de abril.