Decorreu hoje, dia 19 de fevereiro, a cerimónia de deposição das cinzas de Asta-Rose Alcaide e a inauguração da exposição bibliográfica de Tomaz Alcaide, em Estremoz.
Em homenagem a Tomaz Alcaide está também a ser desenvolvido um projeto para um mural em Estremoz. A Rádio Campanário falou com o presidente do Orfeão Tomaz Alcaide, Luís Parente, que referiu que recebeu uma proposta “do artista David Alves que acolhemos de braços abertos, porque em Estremoz não existe arte urbana e o que é apanágio do orfeão é trazer sempre coisas novas para Estremoz”.
O ballet e o carnaval foram outros dois aspetos que nasceram pelo orfeão de Estremoz Tomaz Alcaide, e como a arte urbana era inexistente na região, quando “o David nos apresentou este projeto, ficamos maravilhados, porque achamos que era importante reavivar a memória das pessoas relativamente à figura foi Tomaz Alcaide”.
O presidente destaca a proposta como “ouro sobre azul” e que é “importante que venha com qualidade”. Este projeto, que vai ficar visível por milhares de pessoas, já tem não só um um local definido, “no edifício anexo, como as autorizações por parte das entidades e da proprietária do imóvel”.
Luís Parente está consciente que o edifício “um dia poderá vir abaixo”, porém, por enquanto quer “valorizar o espaço e dar o realce, mais uma vez, a Tomaz Alcaide”.
Relativamente ao investimento, para além do apoio do Município, será promovido um “crowdfunding através da internet, em que as pessoas poderão fazer as suas contribuições” com ofertas em troca.
“Se cada pessoa contribuir com 5 euros, iremos dar um postal com a imagem que será colocada no moral, se forem 15 euros, será uma caneca com a mesma imagem e o logo. Uma t-shirt a 25 euros e existirá um quadro assinado pelo artista numa edição limitada de 40 euros”, refere o presidente do Orfeão Tomaz Alcaide.
O pack completo terá um desconto e fica a 40 euros, adianta.
O valor total do projeto são cerca de 3.500 euros e Luís Parente garante que “pelas pessoas e pelo feedback que temos tido muito bom, vamos aguardar para que consigamos ter essa verba o mais brevemente possível”.
O artista David Alves, que desenvolveu o projeto, conta que a ideia surgiu por querer “enquadrar a arte urbana em Estremoz” e que era “muito importante arranjar essa ponte entre arte contemporânea e aquilo que é a cultura tradicional”.
Primeiramente, o artista admite que procurou “um espaço que precisasse de uma requalificação temporária, e depois abordar um tema unanimo aos estremocenses com o qual se identifiquem”.
Com cerca de 10 anos de street art, David Alves confessa que tem “mais peças fora de Portugal do que no país”, no entanto, faz questão de trazer mais para a região. “Já temos em Estremoz duas pequenas peças que fiz para perceber o feedback das pessoas, até hoje só tenho tido bons comentários e resolvi apresentar um projeto com outra dimensão”, completa o artista.