O eurodeputado Carlos Zorrinho, eleito pelo PS, no seu comentário desta terça-feira, dia 25 de junho, abordou aos microfones da Rádio Campanário as greves dos médicos e dos enfermeiros, a falta de acordo entre os líderes europeus e ainda as notícias que têm vindo a público sobre a falta de pagamento a alguns dos lesados com a tragédia de Pedrogão Grande.
Relativamente ás greves no setor da saúde anunciadas para esta semana, Carlos Zorrinho considera que “a greve é um direito inalienável”, acrescentando que “quanto mais nos aproximamos das legislativas é normal que a capacidade reivindicativa aumente e acresça”.
O eurodeputado refere que “o nosso serviço nacional de saúde (SNS) tem sido sujeito a muitas pressões”, dando como exemplo “o aumento do número de anos que a população vive, e o número de médicos cada vez menor”.
Carlos Zorrinho considera que a área da saúde “devia ter um verdadeiro pacto de regime”, estando “mais limitado a quem acredita no serviço nacional de saúde gratuito e universal”.
Relativamente ao capital disponibilizado pelo governo, que apenas colmatou a questão da redução para as 35 horas no setor da saúde, Carlos Zorrinho considera que “é evidente se existiu uma redução do horário, tenha existido um aumento da pressão sobre o sistema”. O eurodeputado considera que os problemas na saúde “não se resolvem de um dia para o outro”, apontando que “será necessária uma negociação que irá decorrer”. Carlos Zorrinho termina a sua abordagem a este tema referindo que “o SNS terá de fazer escolhas prioritárias”.
Relativamente aos desacordos entre os líderes europeus, Carlos Zorrinho refere que “pela primeira vez o debate não é apenas sobre quem fica na frente”, justificando depois que “é um debate político profundo”.
Para o eurodeputado “a União Europeia mudou”, acrescentando que “agora temos uma maioria de centro-esquerda” e o que “está em discussão é a nova centralidade política”.
Carlos Zorrinho finaliza a sua rúbrica aos nossos microfones abordando as notícias sobre a falta de pagamentos a alguns dos lesados com a tragédia de Pedrogão. O eurodeputado começa por dizer que “globalmente estas situações não se justificam”, no entanto, “cada caso é um caso” e considera necessário “avaliar e analisar todas as situações ao pormenor”.
Para o eurodeputado o importante “é estar preparados para que nunca mais se volte a repetir uma tragédia destas”.
Questionado pela RC, se com a compra do SIRESP pelo estado existe mais segurança, Carlos Zorrinho refere que “o estado vai investir milhões de euros no SIRESP e vai controlar todo o sistema”, no entanto o eurodeputado não deixa de alertar para que “todos façam algo para evitar as tragédias”.