No âmbito da peregrinação realizada pelos militares do Regimento de Cavalaria n.º 3 de Estremoz ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição, em Vila Viçosa, que ocorreu ontem, dia 30 de março, a Rádio Campanário falou com o Coronel Lourenço Simões de Azevedo sobre as missões a decorrer e as que estão programadas para o RC 3 de Estremoz.
O Coronel começou por referir que “neste momento temos pessoal em missão na República Centro Africana e em Moçambique. Isto tem a ver essencialmente com a nossa organização, porque a organização do Regimento é uma unidade que é única nas Forças Armadas, tem a ver com a inteligência, informações, objetivos, é uma unidade muito particular e que, na sua essência, é formada essencialmente por graduados. Essas missões que temos neste momento, em Moçambique e RCA, são garantidas por esses graduados, nomeadamente oficiais e sargentos. Temos também uma praça projetada em Moçambique e agora estamos a trabalhar no sentido, de garantir já no próximo ano, com o exército, projetar forças de regimento, de escalões pequenos, para outros teatros, em que envolva desde os praças, aos sargentos e oficiais mas, ainda é muito cedo para dizer o que quer que seja, estamos a trabalhar nisso, é uma preocupação que tenho todos os dias na minha secretária, e vou falar com quem tenho que falar para ter isso em atenção e espero que no próximo ano haja novidades”.
Questionado sobre o gosto dos militares em abraçar estas missões, para as quais são formados, Lourenço Simões de Azevedo comentou que “as missões são extremamente importantes para todos nós, porque, primeiro vamos ver uma realidade completamente diferente, vamos trabalhar com forças internacionais, vamos aprender com eles e vamos também viver um pouco da cultura deles, no fundo é importante para o nosso crescimento, para a nossa maneira de estar, para o crescimento do exército, da cavalaria e do regimento. Quantas mais missões o regimento tiver, tenho consciência de que mais pessoal o regimento vai ter, porque é um atrativo, não podemos esquecer a questão financeira, que é diferente, e quando pensamos na questão financeira, pensamos na questão familiar e isto é importante para todos nós, não podemos esquecer esse aspeto, por isso torna-se uma preocupação do comando, do regimento e da brigada, no sentido de garantir o maior empenhamento possível”.