A Capela do Paço Ducal de Vila Viçosa esgotou para receber mais um concerto, na passada sexta-feira, dia 27 de julho, pelas 21 horas, desta vez com a vibração das notas a cargo de um Quarteto de Câmara. Isto é, um trio de corgas acompanhadas ao fagote, composto por Gabriela Barros, no violino, Catarina Bastos, na viola d’arco, César Gonçalves, no violoncelo, e Franz-Jurgen Dorsam, ao fagote. Um espetáculo ainda abrilhantado pela maior Lua Vermelha do século.
As músicas fluíram ao compasso das composições de músicos como Edward Elgar (1857-1934), Jean-Baptiste Willent-Bordogni (1809-1852) e Luiz de Freitas Branco (Lisboa, 12 de outubro 1890 – 27 de novembro 1955), até ser feito um curto intervalo, que deu a todos a oportunidade de visualizar o maior eclipse da Lua de todo o século, a partir da fachada renascentista do Paço Ducal da Fundação da Casa de Bragança, que se posicionava sobre o Castelo de Vila Viçosa.
Na segunda parte houve tempo para sentir a agitação das cordas, pontilhadas pela sonoridade do fagote, cujos arranjos, à imagem das primeiras composições, estivam a cargo de Franz-Jurgen Dorsam. Aqui, os músicos brindaram os espetadores que encheram a Capela do Paço Ducal com alguns dos melhores compositores da música clássica, como Augusto Neuparth (Lisboa, 3 de maio de 1830 — Lisboa, 20 de junho de 1887), Wolfgang Mozart (Salzburgo, 27 de janeiro 1756 – Viena, 5 de dezembro 1791) Franz Seraph Cramer (Munique, 14 de fevereiro 1783 – 25 de agosto de 1835) e Eugène Jancourt (1815-1901).
Uma interpretação que arrebatou a plateia, cujo reflexo foi uma enorme ovação, de pé, durante largos minutos. À qual os músicos retribuíram, com mais uma música encore, em jeito de homenagem ao verão, interpretando o “Voo de uma abelha” de Nikolai Rimsky-Korsakov, composto para a sua ópera “The Tale of Tsar Saltan” (1900). Uma abelha que morreu com uma palmada, na coxa do violoncelista César Gonçalves.
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