Desde janeiro, quase cem festas ilegais foram encerradas pela PSP e GNR. Como noticiado ontem pela nossa Rádio, um desses convívios detetado pela Guarda Nacional Republicana era um casamento com 146 pessoas.
De acordo com a agência Lusa, entre janeiro e março, período em que o país está em estado de emergência e em confinamento, a PSP detetou 75 festas ilegais e a GNR 17, num total de 92.
Foram detetas pela PSP, 6 festas ilegais em janeiro, 41 em fevereiro e 28 em março. Já a GNR encerrou 3 festas em janeiro, 8 em fevereiro e 6 em março.
De referir que os 75 eventos detetados pela PSP não cumpriam as regras em vigor de saúde pública, no âmbito do estado de emergência, em que estão proibidos os ajuntamentos e aglomerações de pessoas.
A Polícia de Segurança Pública explica que inicialmente verificou uma maior tendência para a organização deste tipo de festas em estabelecimentos de restauração e bebidas ou na rua, mas nos últimos tempos ocorreram sobretudo em residências particulares e anexos. A PSP menciona também, que na maioria das ocorrências, as pessoas envolvidas nas festas reagem de “forma cordial e respeitadora” para com os polícias.
No entanto, em algumas destas festas ilegais, os agentes já se depararam com fugas pelas janelas, telhados ou sistemas de esgotos, bem como tentativas de afrontar os polícias com o intuito de os dissuadir de desempenho das suas funções.
A Polícia de Segurança Pública refere que os cidadãos apanhados nestes eventos são multados essencialmente por incumprimento do dever geral de recolhimento e consumo de bebidas alcoólicas.
Relativamente à GNR tem encerrado festas ilegais que na sua maioria se realizaram em moradias, mas houve também eventos que decorreram em restaurantes, propriedades alugadas e centros recreativos, existindo ainda uma ‘rave’ e uma festa numa praia fluvial.
A corporação não tem uma contabilização geral de todas as festas ilegais, mas enviou à Lusa todos os comunicados de imprensa emitidos quando foram descobertos estes eventos.
Além de um casamento com 146 pessoas, a GNR encontrou também festas, em várias zonas do país, com 50, 30 e 28 pessoas.
Muitas das festas foram descobertas por denúncias devido ao ruído, e os militares da GNR quando chegavam a estes locais encontravam pessoas sem máscara e a não cumprirem o distanciamento social.
Foram dezenas de contraordenações registadas por esta força de segurança devido ao incumprimento do dever geral de recolhimento domiciliário, desrespeito das regras de realização de eventos e violação da limitação de circulação entre concelhos, tendo ainda sido detidas sete pessoas, três das quais reincidentes em festas.
Créditos de imagem: Rádio Campanário