A UNITATE – Associação de Desenvolvimento da Economia Social organizou o Debate “A Concertação Estratégica no Território” que decorreu esta segunda-feira dia 14 de outubro, no Seminário de São José, em Vila Viçosa, marcando o início do Ciclo de Debates “Economia Social – Novos Desafios” e assinalando o 6º Aniversário da Instituição.
A Rádio Campanário esteve presente e recolheu as declarações de António Correia de Campos, ex-ministro da Saúde e presidente do Conselho Económico e Social (CES).
Para o orador no debate, “foi um prazer ter estado aqui hoje prestando um pequena colaboração com a experiência da concertação social nacional”. Nesse sentido sublinha que “é evidente que os problemas são muito diferentes a nível nacional, em que a concertação se faz entre grandes forças sociais ligadas à economia”, acrescentou.
“foi um debate muitíssimo interessante onde estiveram pontos de vista nem sempre coincidentes”
António Correia de Campos
Contudo, no debate hoje em Vila Viçosa, Correia de Campos esclarece que o tema central foi “o aspeto de coordenação entre as diferentes forças, setores e serviços da administração central e da administração central desconcentrada”, de forma a “promover o desenvolvimento regional, económico e sobretudo para promover o desenvolvimento humano e social” do território onde se inserem os agentes presentes no ciclo de debates.
Na sua opinião “foi um debate muitíssimo interessante onde estiveram pontos de vista nem sempre coincidentes”, algo que considera ter “enriquecido a discussão”. No debate, o ex-ministro confessa que veio preparado para apresentar “um ponto de vista macro” daquilo que é a Concertação Social e, no entanto, “os senhores deputados, que conhecem bem os problemas locais, puxaram a brasa à sua sardinha e desenvolveram os temas com muito brilho e acerto e defenderam os interesses e problemas locais”.
Para além do profícuo debate entre os oradores, Correia de Campos enaltece a “muita participação do público” que acompanhou o ciclo de debates, motivo pelo qual considera que também para si “foi uma aprendizagem muito importante, porque quem está a nível central tem que conhecer” as realidades locais, acrescentou.