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Quercus com “muitas reservas” ao aumento de culturas transgénicas com expansão do bloco de rega de Alqueva (c/som)

O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, assinala esta sexta-feira (2 de Fevereiro) o arranque do Plano Nacional de Regadios, onde o bloco de rega de Reguengos de Monsaraz vai beneficiar de um aumento em cerca de 11 mil hectares da área de regadio, num investimento de 40 milhões de euros.

Questionado pela RC sobre a expansão do bloco de rega desta infraestrutura, Nuno Sequeira, da Quercus, refere que a associação ambientalista “não tem uma posição contrária à expansão [do bloco de rega]”, mas tem “muitas reservas” ao aumento de culturas transgénicas.

O ambientalista recorda que a Quercus “na altura teve uma posição contrária” à construção da infraestrutura de Alqueva, porque “os impactos da construção foram elevadíssimos com a destruição de milhões de árvores e afetação de espécies emblemáticas”, contudo “Alqueva está construído e é preciso rentabilizar e utilizar aquela água da melhor forma”, frisou.

Para além do aumento das culturas transgénicas, o tomate e milho “preocupam” os ambientalistas, especialmente “nas regiões do médio e Alto Alentejo, onde as Barragens são de menor dimensão e não tem sentido fazer investimento para potenciar cultura de regadio” e pela “forma como a água é utilizada”, indicando que “no ano de 2017 chegaram á Quercus várias denúncias de utilização menos racional” deste recurso.

Segundo dados científicos, ao qual Nuno Sequeira faz referência, “muitas culturas vão deixar de ser viáveis a Sul do Tejo”, motivo pelo qual questiona se “as ajudas que o Estado dá não deveriam ser canalizadas para culturas tradicionais menos dependentes de água”.

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