Na passada semana, desacatos no Agrupamento de Escolas de Mourão terminaram quando o diretor foi “agredido fisicamente e verbalmente” por elementos da comunidade cigana, explicou à RC o próprio diretor, José Carlos Rocha.
Sendo um caso que está a gerar indignação junto da comunidade escolar e mouranense, o diretor do Agrupamento afirma que “há pessoas que tentam instigar isto como uma guerra racial, mas não é”.
Os factos remontam ao dia 10 de outubro, no qual “as forças de segurança foram chamas à escola pelo diretor” depois de um grupo de 10 pessoas, quatro alunos e seis adultos, aparecerem na escola para fazer “injúrias à direção, às forças de segurança e aos funcionários”, acrescentou.
“Há pessoas que tentam instigar isto como uma guerra racial, mas não é”
Questionado se existe um clima de insegurança que motivasse a chamada das autoridades nos dias seguintes, José Carlos Rocha refere que “a autarquia pediu ao Comando da GNR para ter atenção a esta situação”, por isso, os militares estiveram presentes embora não tenham sido chamados pelo Agrupamento.
Segundo o diretor, a escola tem atualmente cerca de 300 alunos, dos quais 30% são de etnia cigana, para com os quais o Agrupamento “não tem queixa da maioria deles”.
Caraterizando o incidente apenas como “um acontecimento”, José Carlos Rocha afirma que “há pessoas que tentam instigar isto como uma guerra racial, mas não é”, sustentando que há quem se queira haver do incidente “para tirar proveito disto”.
Nesse sentido, o responsável afirma que é “muito estranha” a urgência das concelhias locais dos Partidos políticos em “fazerem reuniões sobre o problema”, referindo que até ao momento as únicas pessoas que lhe prestaram o “único apoio”, foi a presidente de Câmara, os vereadores e a GNR.