21.5 C
Vila Viçosa
Quinta-feira, Setembro 19, 2024

Ouvir Rádio

Data:

Partilhar

Recomendamos

Quim Barreiros: “Quando gravei com o Trio Guadiana nos anos 70, a música alentejana deu um grande salto”.

Na passada sexta-feira, Quim Barreiros atuou nas festas em honra de Nossa Senhora da Conceição, no Alandroal, onde foi entrevistado pela Rádio Campanário. Durante a conversa, o popular cantor expressou o seu agradecimento ao presidente da Câmara Municipal, João Grilo, e à autarquia pela hospitalidade e pelo convite. “Tenho de agradecer ao Sr. Presidente João Grilo a simpatia que teve de me convidar para estar hoje no Alandroal. E é com prazer que volto ao Alentejo”, afirmou Quim Barreiros.

Reconhecido como uma figura incontornável da música popular portuguesa, Quim Barreiros destacou a singularidade do seu estilo musical, afirmando que “o género musical de Quim Barreiros é um género único, é o género de Quim Barreiros”. O artista, que tem uma longa carreira, revelou e realiza, em média, mais de vinte concertos por mês, especialmente entre a Páscoa e o final do ano. “Não acredito que haja um alentejano ou não, que não consiga trautear uma das músicas, ou se não todas…”, referiu.

Durante a entrevista, Quim Barreiros relembrou o seu contributo para a música alentejana, salientando as gravações realizadas com o Trio Guadiana nos anos 70, que ajudaram a popularizar este género musical. “Uma boa parte das grandes músicas alentejanas foram gravadas em 1973 ou 74 por mim e pelo Trio Guadiana”, sublinhou, destacando o impacto que essas discos tiveram na valorização da música popular alentejana.

O artista também falou sobre o seu papel como letrista, explicando que, apesar de compor principalmente para si, muitas das suas músicas já foram adotadas por outros artistas. “Eu fico todo contente que outros artistas cantem e toquem em cima de um palco as minhas músicas e que cantem e que gravem. Isso é um bom sinal”, disse.

Questionado sobre o impacto da sua longa carreira, Quim Barreiros afirmou que a música e o contacto com o público lhe deram “tudo”. Aos 77 anos, o cantor continua a sentir uma forte ligação à estrada e ao palco, e não pensa em parar tão cedo. “A minha vida é estrada e eu gosto da estrada e dos amigos que encontro pela estrada”, revelou.

Quim Barreiros também refletiu sobre a sua relação com as gerações mais jovens, destacando que muitos dos estudantes universitários que hoje cantam as suas músicas cresceram a ouvi-lo desde crianças, nas festas das aldeias. “Também faz parte da memória desses jovens”, disse.

Por fim, ao ser questionado sobre o que o Alentejo representa para ele, Quim Barreiros afirmou que a sua missão é fazer o público feliz, independentemente do local onde se encontra. “O Alentejo, os alentejanos são um povo que também vem para aqui para se divertir comigo. Portanto, o que é que me diz? Eu, quando se acendem as luzes, a minha obrigação é dar o litro e meio, dar o melhor e procurar pôr o povo a cantar e pôr o povo feliz”, concluiu.

Populares