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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Rangel acusa Costa de pôr país “em lista de espera” e nem conseguir nomear ministro da Saúde

Foto: Renascença

O vice-presidente do PSD Paulo Rangel acusou hoje o primeiro-ministro de colocar o país “em lista de espera” e de nem sequer conseguir nomear rapidamente um novo ministro da Saúde, dizendo que “o Governo está à beira da falência”.

Numa aula da Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide (Portalegre) até domingo, sobre o tema “A caminho de uma nova Europa”, o eurodeputado e primeiro ‘vice’ social-democrata alertou que Portugal pode estar em “condições mais frágeis” de enfrentar a crise económica e social que se avizinha do que outros países, acusando o atual Governo de “incompetência e imprudência”.

“Os sinais de degradação do Governo são altamente preocupantes”, acusou, dando como primeiro exemplo a situação no setor da saúde.

Para Rangel, um dos principais problemas da saúde portuguesa são as listas de espera. O eurodeputado criticou a resposta de António Costa perante a demissão da ministra da Saúde, Marta Temido, anunciada na segunda-feira, ao dizer que a sua substituição não seria rápida.

“O que faz o primeiro-ministro? Põe o ministro da saúde em lista de espera. As listas de espera da saúde passaram para o Governo, vamos estar 15 dias à espera de um novo ministro. Isto é a degradação política levada ao limite, um primeiro-ministro que não é capaz de nomear um ministro em tempo útil é um primeiro-ministro que está esgotado”, acusou.

O eurodeputado do PSD apontou um segundo exemplo do que considera a degradação do Governo, citando uma notícia do Expresso segundo a qual o ministro das Finanças, Fernando Medina, desistiu de criar o cargo de consultor para o qual tinha nomeado o ex-jornalista Sérgio Figueiredo, que acabou por desistir do lugar devido à polémica pública.

“Qual a autoridade do ministro das Finanças para vir dizer que não há dinheiro, que é preciso cortar aqui ou ali, se ele próprio criou um cargo à medida para alguém que o acompanhou politicamente sempre e que agora afinal não é necessário”, questionou, acusando Medina de não ser “capaz de liderar pelo exemplo” ao promover a “criação artificial” de um cargo.

Paulo Rangel advertiu que, por muito importante que sejam os fundos europeus, “a Europa não virá cá governar por nós”.

“Se o Governo, ao fim de cinco meses de mandato, já está neste estado de degradação e se vamos entrar num período muito exigente para empresas e famílias, nós temos um Governo que está à beira da falência (…) O que me preocupa, neste momento, é que temos um Governo que pôs Portugal em lista de espera”, lamentou.

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