O eurodeputado Carlos Zorrinho, eleito pelo PS, no seu comentário desta terça-feira, dia 16 de abril, abordou a catástrofe com o incêndio na Catedral Parisiense, o pedido de requisição civil por parte do Governo relativamente ao anúncio de greve dos motoristas de matérias perigosas, falou ainda sobre o suposto “acordo” entre PSD, CDS, PCP e BE para a recuperação do tempo de serviço dos professores, finalizando a sua rúbrica semanal com um comentário sobre as declarações de Paulo Rangel que acusa o PS de concorrência desleal.
Sobre o incêndio que afetou a Catedral de Notre-Dame, Carlos Zorrinho relata que “foi com uma enorme dor no coração que a tudo assisti”, o eurodeputado considera que “por vezes estas catástrofes também nos unem”. Carlos Zorrinho deu ainda conta, aos nossos microfones, que “o presidente do conselho europeu faz questão de ajudar na recuperação do Notre-Dame”, acrescentado que “Notre-Dame não é só da França, é da Europa e de todo o mundo”.
Quanto ao anúncio de Requisição Civil por parte do Governo tendo em conta a greve dos motoristas de matérias perigosas, Carlos Zorrinho diz “desconhecer ao certo as reivindicações da classe”, no entanto afirma que “os dados que levam a essa decisão mostram o risco associado a essa paralisação”. O eurodeputado ressalva, no entanto, que “a greve é um direito adquirido”, considerando que “existem direitos maiores a ser salvaguardados”.
Carlos Zorrinho refere que “a requisição civil tem que ver com a função dos governos em avaliar os riscos de uma greve”, dando como exemplo a greve dos enfermeiros que poderia por em causa o Serviço Nacional de Saúde e o bem-estar dos utentes e acrescentando ainda que no caso dos motoristas de matérias perigosas “o país pode parar e temos de ter bom senso”. O eurodeputado reconhece que “se a greve não surtir efeito deixa de ser um instrumento de luta dos trabalhadores, mas é necessário pensar e não colocar em causa o bem-estar e os direitos das restantes classes que possam ser afetadas pela greve”.
Relativamente ao suposto “acordo” entre PSD, CDS, PCP e BE para a recuperação do tempo de serviço dos professores, o eurodeputado considera que “o princípio mais geral em 5 anos para repor a normalidade daquilo que foi destruído durante a governação PSD/CDS é termos agora um plano que nos permite repor a contagem dos tempos de serviço”. Carlos Zorrinho considera que caso se verifique a reposição dos tempos de serviço “é um final feliz e justo para as classes profissionais”.
O eurodeputado finalizou a sua rúbrica semanal aos microfones da Rádio Campanário, abordando as acusações de Paulo Rangel sobre o PS estar a fazer concorrência desleal nas europeias. Para Carlos Zorrinho “deixar de ser ministro para ser candidato ás europeias é uma opção partidária que os eleitores julgarão”, no entanto “descobrir-se que um eurodeputado que já foi duas vezes cabeça de lista, vai agora para a terceira, tem uma assiduidade muito baixa nos trabalhos do parlamento europeu e que simultaneamente é sócio de uma sociedade de advogados que lhe paga 10 mil euros mensais, compreendo que esse mesmo eurodeputado tenha de fazer nuvens de fumo e atacar o candidato do PS, pois o que ele pretende é que não olhem para a sua casa”.