A situação epidemiológica do país esteve ontem em análise na habitual reunião de conselho de ministros.
No fim da referida reunião, na habitual conferência de imprensa, a Ministra da Presidência Mariana Vieira da Silva, adiantou que 45 concelhos estão agora com medidas mais apertadas, incluindo “recolher obrigatório”.
Destes 45 concelhos, 19 deles encontram-se em risco muito elevado, ou seja, com uma taxa de incidência superior a 240 casos por cem mil habitantes nos últimos 14 dias, grupo no qual não se encontra nenhum concelho Alentejano, vigoram agora medidas mais restritivas como a limitação de circulação na via pública a partir das 23 horas, assim como horários diferentes na restauração.
Juntam-se a estes concelhos em risco elevado, mais 26 concelhos em risco elevado, ou seja, com uma taxa de incidência superior a 120 casos por cem mil habitantes nos últimos 14 dias, e onde estão 6 concelhos Alentejanos: Avis, Castelo de Vide, Grãndola, Odemira, Sines e Sousel, onde se aplica também a limitação de circulação na via pública a partir das 23 horas e até às 05 horas.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve ontem presente na inauguração da Casa da Cidadania Salgueiro Maia, em Castelo de Vide, e á margem da cerimónia de inauguração deste espaço, abordou as novas medidas de restrição aprovadas pelo gorveno tendo referido que as mesmas foram tomadas “ao abrigo de uma lei que existe e que permite proibir limites à circulação, a partir de uma determinada hora nos concelhos de risco muito elevado e elevado, com o objetivo de reduzir o número de casos.”
Marcelo Rebelo de Sousa, a este propósito referiu ainda ” a medida é perfeitamente legal e constitucional” acrescentando “temos que continuar todos a fazer um esforço, com acabeça fria e temos de enfrentar as situações nos concelhos mais problemáticos para reduzir a progressão do número de casos.”
“A contenção justifica estas medidas ” referiu ainda o Presidente da República realçando que as soluções do governo “procuram um caminho alternativo e não a aplicação de um caminho como o que se aplicou quando a situação era mais grave.”
Marcelo Rebelo de Sousa conclui referindo ” a situação atual não é de estado de emergência nem de confinamento mas de intervenções seletivas, em função da situação dos municípios.”