Depois de ter vendido a antiga Casa da Câmara para fins turísticos, e assim recuperar e dar uma nova vida a um edifício degradado no centro histórico de Estremoz, a autarquia volta a reforça a importância da requalificação dos edifícios estatais que se encontram naquela zona da cidade, na sua maioria em avançado estado de degradação.
“Felizmente ainda há investidores privados que querem participar na recuperação” daquela zona, salientou o autarca Luís Mourinha à RC, uma vez que a autarquia “luta há oito anos” por uma solução relativa a estes imóveis do Estado.
Em causa estão edifícios como “a antiga casa das fardas, vários prédios militares ou as muralhas” em avançado estado de degradação, tendo a autarquia estremocense realizado várias proposta para recuperar alguns destes imóveis, como as muralhas, na qual a tutela “queria que a Câmara pagasse 1 300 000 euros e os prédios ficavam do Governo”, afirmou.
“Favores destes não é de um Governo normal”, atirou Luís Mourinha, lamentando, depois de relembrar que os edifícios “são do Estado e estão a cair”, que “só depois de haver desgraças é que vêm armados em santinhos”.
Segundo o autarca “há investidores” interessados nos edifícios, mas explica que a autarquia não consegue adquirir qualquer imóvel por “inocência completa do Estado”, pois quando há municípios e investidores apostados em investir no Interior é colocado “um leque de dificuldades”.