Segundo a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), em Portugal continental, a rede móvel da Vodafone “regista o melhor desempenho”, enquanto que o Alentejo é uma das regiões com ”piores desempenhos” da Vodafone.
À medida que Vodafone se destaca no 3G e 4G, Meo e NOS são melhores no 2G em Portugal continental. Área Metropolitana de Lisboa regista o melhor desempenho das redes móveis da Meo, NOS e Vodafone. Região Centro e Alentejo com pior cobertura e qualidade de serviços.
Após a avaliação da qualidade das redes móveis no Alentejo, na região Norte, na Área Metropolitana de Lisboa, no Algarve e na região Centro, entre 2020 e o início de 2021, a Anacom concluiu que a Vodafone se destaca nas redes 3G e 4G, enquanto a Meo e a NOS registam melhores desempenhos nas redes 2G.
“Os sistemas de comunicações móveis dos operadores analisados apresentam, em média, boa cobertura rádio GSM [2G] e adequada cobertura rádio UMTS [3G] e LTE [4G]. No entanto, observam-se desempenhos diferenciados entre as tipologias de áreas urbanas, com piores desempenhos nas áreas predominantemente rurais, e entre os operadores, em particular os piores desempenhos da Meo e da NOS, em UMTS e em LTE, enquanto a Vodafone, que na maioria dos indicadores analisados no estudo regista o melhor desempenho, apresenta um pior desempenho em GSM”, indicou a Anacom na terça-feira, 20.
O regulador das comunicações constatou que, apesar dos três principais operadores de telecomunicações nacionais apresentarem uma boa ou adequada cobertura nas redes móveis, as zonas rurais do país têm pior cobertura do que as áreas urbanas. Comparando a Meo, a NOS e a Vodafone, a Anacom observou também que é a Vodafone que regista de uma forma geral o melhor desempenho.
Entre as cinco regiões de Portugal continental, há “melhores desempenhos dos serviços e melhor cobertura das redes móveis na Área Metropolitana de Lisboa, seguindo-se as regiões do Norte e do Algarve”. Já “os piores desempenhos”, observaram-se nas regiões do Centro e do Alentejo.
Considerando as cinco regiões continentais, a Anacom concluiu que, no serviço de voz, observou um “bom desempenho global em todos os operadores”. Porém, nas áreas rurais, identificou-se “uma acentuada degradação do desempenho deste serviço, nomeadamente no que toca às capacidades de estabelecimento e de retenção de chamadas”.
Nos serviços de dados, em transferência de ficheiros, registou-se um “bom desempenho global, observando-se algumas diferenças entre os operadores e, de forma mais acentuada, entre as tipologias de áreas urbanas”. Ou seja, o desempenho é desigual entre áreas urbanas e áreas rurais.
“A capacidade de estabelecimento e retenção de sessões de transferência de ficheiros, em download e em upload, apresenta uma acentuada degradação nas áreas predominantemente rurais, sobretudo no operador Meo”. Observa-se ainda uma deterioração significativa da velocidade de transferência de ficheiros nas áreas predominantemente rurais, sendo os valores médios cerca de metade dos registados nas áreas predominantemente urbanas. Este indicador apresenta variabilidade muito elevada, observando-se valores máximos de 249,90 Mbps [megabits por segundo] e 64,49 Mbps [megabits por segundo], respetivamente em download e upload, e mínimos inferiores a 0,013 Mbps [megabits por segundo], que dificultam ou impossibilitam a transmissão de dados em condições adequadas”, lê-se.
Quanto à análise feita aos serviços de navegação de internet e video streaming, e também à latência de transmissão de dados, verificaram-se “desempenhos inferiores, face à transferência de ficheiros, observando-se também algumas diferenças entre operadores e tipologias de áreas urbanas”. Neste caso, a Anacom observou que, de uma forma geral, “o operador Meo e as áreas predominantemente rurais registam os piores desempenhos”.