O Grupo de Ação Teatral “O Chocalho” levou à cena no auditório do Centro Cultural de Redondo, a peça “O Navio dos Sonhos”.
O espetáculo realizou-se na noite de sexta-feira, dia 12 de fevereiro e, na sua segunda encenação, o grupo abordou a problemática daqueles que procuram libertar-se da vitimização e do preconceito da sociedade, ainda por vezes insensível à diferença. Os direitos humanos estão no centro da problemática das sociedades contemporâneas, continuamente violados, criam desigualdades, sociedades mais desumanas e menos democráticas.
À reportagem da Rádio Campanário, o Presidente da CerciEstremoz, Jorge Canhoto referiu que “este projeto se iniciou com o apoio INR (Instituto Nacional de Reabilitação), vai na segunda peça e foi atrás desse sonho, e de uma forma de inclusão diferente pela arte, que também fomos (…) e tem saído bem, é a segunda vez que estamos em Redondo, tenho pena que não possamos fazer a peça em todas as áreas de abrangência, apenas por questões técnicas, porque a maioria das salas de espetáculo não tem condições mas no futuro poderemos eventualmente, chegar a outros públicos e a outras localidades”.
Jorge Canhoto diz ainda que neste ano de 2016, altura em que a CerciEstremoz comemora o 40º aniversário, gostaria de poder chegar a todos, nomeadamente “Vila Viçosa, Alandroal, Sousel, fronteira, Borba, mas por questões meramente técnicas dos espaços não se consegue chegar a todos mas não perdi a esperança de chegar a Vila Viçosa e Alandroal que são aqueles que têm os palcos maiores (…) penso que o principal objetivo está cumprido, um projeto de inclusão através das artes, falta agora dar-lhe continuidade”.
O Presidente salienta que a CerciEstremoz “tem dois ou três projetos que são merecedores da sua continuidade e da sua exploração mais aprofundada em termos do que é a nossa missão e é nesses projetos que nos estamos a centrar”.
A Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência constitui um marco histórico na garantia e promoção dos direitos humanos de todos os cidadãos e em particular das Pessoas com Deficiência. Porém, o respeito pela sua integridade, dignidade e liberdade individual, nem sempre é na generalidade cumprido, pois a mentalidade da sociedade em geral ainda não atingiu a plenitude de valores desejada, o que dificulta o caminho da real inclusão.