Decorreu esta tarde, a entrega do Prémio Literário Hernâni Cidade, que conta com a sua 26º edição, pelo Município de Redondo, uma iniciativa promovida anualmente pela Câmara Municipal e que estimula a criação literária e o aparecimento de novos autores, entre jovens e adultos, homenageando em simultâneo a memória do professor e escritor redondense.
A Rádio Campanário acompanhou a entrega do prémio literário e falou com o vereador do município redondense, Pedro Roma do município redondense, que destacou que ” a 26º edição do prémio Hernâni Cidade diz bem da importância e do crescimento que tem tido, porque numa região como é o Alentejo, com poucas pessoas, haver um prémio literário, ligado às artes, à escrita e à imaginação, que tem a sua 26º edição ininterrupta é algo que nos devemos orgulhar.”
Pedro Roma referiu que “o Município de Redondo desde sempre apoiou o Prémio Literário Hernâni Cidade, que é criado na Biblioteca Municipal de Redondo, e desde essa altura, o Município de Redondo tem estado sempre presente a apoiar, juntamente com a Junta de Freguesia de Redondo e o BPI Caixa Banco, que são dois dos nossos parceiros e que atribuem prémios aos vencedores.”
A importância deste prémio para o concelho ” é cada vez maior, uma vez que o prémio está cada vez mais internacional,” acrescentando que “temos cada vez mais concorrentes de língua de expressão portuguesa, mas de outros pontos do globo,” dando como exemplo “Angola, Brasil e Cabo Verde,” sublinhando que “isso também diz bem do crescimento que o prémio tem tido e do retorno que pode vir a trazer, a uma pequena localidade do interior português que é o Redondo.”
Questionado se a participação internacional tinha crescido, sendo que a informação do prémio passado é que teriam baixado as participações internacionais, Pedro Roma destaca que “houve” um crescimento, “cada vez há mais,” explicando que “o ano passado, talvez a diferença se tenha notado mais, porque houve um enorme número de participantes,” referindo que como “foi o ano zero da pandemia, as pessoas passaram muito tempo em casa e, entre 2020 e 2021, foram lidos mais de mil trabalhos que estavam a concurso. Cerca de 300 em 2021 e cerca de 700 em 2020.”
Sobre os vencedores, Pedro Roma referiu que “o vencedor este ano foi um cidadão brasileiro, que muito nos honrou com o vídeo que nos enviou, uma vez que não pode estar presente para receber o prémio,” e ainda “com a leitura do texto que escreveu,” destacando que “é isso que nós queremos, divulgar o prémio cada vez mais e, quiçá, um dia transformar isto, não só num prémio de expressão portuguesa, mas de qualquer idioma.”
Sobre o segundo lugar do prémio, que foi atribuido a um redondense, o vereador destaca que “já há algum tempo que não acontecia, tirando as primeiras edições que foram realmente muito locais, há muito tempo que não havia um vencedor no pódio redondense.”
Pedro Roma explicou que “é um redondense que, por razões profissionais, não vive no Redondo, nem no país.”
“É um redondense que, por razões profissionais não vive no país, e como a mãe dele que veio receber o prémio disse: concorreu porque há muito tempo que não escrevia em Português, e, como vive fora de Portuga,l não comunica em português”, e isso “diz bem da importância que, uma pequena coisa, que é escrever um texto em português, pode ter na vida das pessoas,” concluindo que ” ele sentiu-se muito bem a fazer qualquer coisa que o relembrasse da sua casa e até foi premiado por isso.”
A edição de 2021 do Prémio Literário teve como vencedor Alfrânio de Melo Júnior, com a obra “Porta de Pélrola”, seguindo-se Pedro Salvador com “E se o céu me caísse em cima” e Beatriz Mendes com a peça “A minha mãe”. Foram ainda atribuídas três menções honrosas.