Decorreu na manhã de terça-feira, dia 6 de setembro, no Centro Cultural de Redondo, uma reunião de avaliação do CLDS 3G Redondo – Gerar Evolução, no Centro Cultural de Redondo, para avaliação conjunta entre todos os parceiros, do impacto do Programa no Concelho e promoção de uma reflexão crítica alargada da sua execução nos próximos meses.
Recorde-se que o projeto Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) 3G (“Gerar Evolução”), que tem como Entidade Coordenadora o Centro Infantil Nossa Senhora da Saúde e como Entidade Executora a Delegação da Cruz Vermelha do Redondo e visa a inclusão social dos cidadãos, de forma multissetorial e integrada, o Plano de Ação (com horizonte temporal 2015-2018) estruturando-se em três eixos de intervenção: Emprego, Formação e qualificação; Intervenção familiar e parental; Capacitação da comunidade e das instituições e Informação e acessibilidade.
Em declarações à Rádio Campanário o coordenador técnico dos CLDS de Redondo, Tiago Abalroado, referiu que a reunião serviu “para fazer o ponto da situação, agora que começamos um novo ciclo depois das férias e assim podemos em conjunto refletir sobre o que são as nossas linhas de ação daqui para a frente, já que o projeto está com sete meses de execução, mas há ainda um tempo de adaptação e de conhecimento entre os parceiros (…) e para avaliarmos e aferirmos qual é a perceção que cada um tem do projeto e o que são as estratégias de cada um para o concelho e como é que podemos concentrar e é sempre um encontro importante”.
Instado sobre como avalia os primeiros sete meses do projeto, diz que “é uma avaliação media, de quem ainda está a tentar aferir como é que as coisas vão, qual o impacto. Os projetos CLDS têm um desenho muito próprio, uma forma muito padronizada de conduzir as ações e nós temos que as adaptar à realidade do concelho e esse é o primeiro ponto e é necessário haver à partida uma colaboração muito séria dos parceiros e é necessário fazer previamente um trabalho de mentalização e envolvimento dos parceiros e nós temos procurado fazer isso nesta fase, temos tentado mostrar aos parceiros que o projeto é uma ferramenta para eles, ao serviço deles e do concelho, agora penso que faltará nesta relação de parceria, seguir as estratégias de cada um, o contributo individual de cada um, e penso que é aí que ainda não conseguimos, e há que assumir isso com naturalidade”.
Acrescenta que “entre todos, temos que conversar, avaliar como é que o projeto e as ferramentas que o projeto disponibiliza, podem ser uma mais valia para o presente, mas sobretudo para o futuro, para que aquilo que se faz fique, e não seja simplesmente um programa comunitário que aqui passa e acabou quando formos embora”.
Questionado sobre as dificuldades encontradas no concelho de Redondo, Tiago Abalroado diz que “as maiores dificuldades começam exatamente em conseguir esse equilíbrio de todos e essa convergência num determinado sentido, porque os problemas sociais que existem no concelho são transversais à generalidade dos nossos concelhos, quer do país quer do distrito de Évora e estão perfeitamente identificados e aí, nós temos é que encontrar formas de os combater e de os suprimir e penso que nesse sentido há trabalho a fazer e há que afinar melhor as agulhas para respondermos cabalmente aos problemas. Não vamos conseguir acabar com a pobreza, mas se conseguíssemos acabar com o desemprego no concelho de Redondo nestes três anos, mas temos que dar passos largos nesse sentido e os passos largos vão se dando nas sinergias que nós conseguimos criar entre os parceiros, nos mecanismos que conseguiremos aqui desenvolver”.
Com um orçamento de cerca de 450 mil euros (150.000€/ano), a prossecução do objetivo do CLDS 3G obriga a uma cultura de trabalho em rede e articulação, por forma a maximizar os recursos disponíveis e evitando ao máximo a duplicação de respostas sociais.