A Rádio Campanário entrevistou o Presidente da Câmara Municipal de Redondo David Galego que abordou o lançamento do concurso para a construção da extensão do Centro de Saúde de Santa Susana e os futuros projetos a serem submetidos ao Programa 2030.
Questionado sobre eventuais dificuldades para encontrar empresas para executarem estas obras, o autarca salienta que “Efetivamente, nós já lançámos até há pouco tempo a Extensão de Saúde de Montoito, com o mesmo projeto e dimensão, e tivemos quatro empresas a concorrer. Acreditamos que continuará a haver interesse, pelo menos das mesmas empresas, para a construção de Santa Susana,” afirmou.
A obra faz parte de uma candidatura aprovada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que inicialmente financiava o projeto com 140 mil euros. No entanto, a inflação e o aumento dos custos de construção obrigaram a Câmara a relançar o concurso por um valor superior. “Os preços dispararam, há uma inflação galopante nos últimos dois anos, e os preços da construção subiram muito. Lançámos os processos por 150 mil euros e não tivemos empresas interessadas, pelo que tivemos de lançar agora por um valor superior,” explicou o presidente.
Apesar do aumento dos custos, o presidente assegurou que a obra será realizada, mesmo que a Câmara tenha de assumir parte da diferença. “Estamos junto da gestora do PRR para pedir que reforcem a verba, mas independentemente disso, não vamos deixar de completar essa obra, mesmo que a Câmara Municipal tenha que assumir a diferença. É um benefício importante para as nossas populações,” garantiu.
Relativamente ao prazo para a conclusão da obra, o autarca referiu: “São prazos de seis meses. A nossa expectativa era tentar concluir a obra este ano, não sei se será possível. Ainda assim, mesmo que avance no início de 2025, as populações terão muito mais conforto e qualidade no atendimento com esta nova extensão de saúde.”
Em relação aos projetos do Programa 2030, o presidente destacou várias iniciativas já submetidas ou em fase de submissão. “Estamos com um projeto já candidatado, que é o PIPE, de promoção do sucesso escolar. Depois, temos o espaço de acolhimento empresarial para pequenas empresas e artesanato, que será uma incubadora na zona industrial. Também vamos lançar a recuperação de parte do Bairro António Festas, na área da regeneração urbana, e esses avisos já estão abertos,” revelou.
Sobre os investimentos envolvidos, o presidente adiantou: “O PIPE tem um valor de 140 mil euros, a incubadora ronda os 400 mil euros e a regeneração do Bairro António Festas aproxima-se dos 900 mil euros.”
Acrescentando ainda o relançamento do projeto para o novo Centro de Recolha Oficial de Animais de Redondo: “O projeto inicial não atraiu empreiteiros, e o valor era de cerca de 200 mil euros. Vamos ajustar o orçamento para cerca de 210 ou 220 mil euros e relançar o concurso,” concluiu.