Segundo um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), dentro de 30 anos, se nada mudar na estrutura produtiva e demográfica, os portugueses terão de trabalhar, em média, mais oito anos além daquela idade de referência, o que significa que o peso da população capaz de trabalhar só se mantém estável, nos níveis atuais, se essas pessoas em condições ativas se reformarem aos 72 anos ou mais tarde.
O caso de Portugal é especialmente grave, pois a OCDE assume nos seus cálculos que a idade de reforma até é das que mais têm subido no grupo das mais de 40 economias estudadas. Portugal conseguiu prolongar o tempo de vida profissional ou produtiva em cinco anos. É um dos maiores avanços da OCDE, mas, no entanto, não chega para estabilizar o sistema produtivo nos próximos 20 ou 30 anos.